O acidente que deixou cinco pessoas mortas na manhã desta terça-feira (10), no Contorno Leste, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, foi tão violento que chocou até os médicos que atenderam a ocorrência. Márcio Nogarolli, do Grupamento aéreo da Polícia Militar e que tem 35 anos de profissão, disse que esse foi um dos resgates mais graves que ele já presenciou. “É chocante”, resumiu.
Visivelmente emocionado, Nogarolli explicou que a equipe trabalha para as “pessoas voltarem para casa” e quando isso não é possível, ele revela que não há como não sentir tristeza. Cinco pessoas morreram, entre elas uma criança de aproximadamente 10 anos. Os veículos envolvidos foram um carro de passeio e quatro caminhões. Ao todo, no resgate desta manhã, trabalharam três médicos e 15 socorristas.
Segundo o médico, as informações iniciais que eles receberam não traduziam a gravidade do acidente. “O helicóptero foi acionado e nós recebemos uma quantidade menor de informações do local em relação às outras equipes. A informação que eu recebi foi que houve um engavetamento, com múltiplas vítimas. Quando chegamos foi que percebemos tudo isso”, contou.
Nogarolli não conteve a emoção falar do que presenciou. “Perder uma pessoa da família em qualquer tempo é difícil, mas nessa época do ano é ainda pior. Peço desculpas, não se espera que um médico se emocione. Estou há 35 anos na profissão e ainda não consegui me acostumar. O dia que eu me acostumar eu paro. É muito, muito triste”, revelou.
O acidente
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente aconteceu pouco antes das 10 horas, no quilômetro 94 da BR-116, na pista sentido sul, cerca de mil metros antes da Unidade Operacional Contorno Leste da PRF, no quilômetro 95. O engavetamento começou quando uma carreta colidiu inicialmente em um caminhão baú, empurrando o veículo contra uma segunda carreta, que acabou por prensar o automóvel contra um terceiro caminhão.
O carro envolvido no acidente ficou irreconhecível e completamente retorcido embaixo de um dos caminhões. Outro caminhão, que acertou a traseira deste que esmagou o carro, ficou com a cabine destruída também.
Ainda segundo a PRF, nenhuma das duas faixas estava interditada antes do acidente. “Havia apenas cones entre as faixas para garantir a redução da velocidade em frente ao posto policial, onde uma equipe de pesquisadores contratados pela concessionária Arteris Litoral Sul trabalhava. Um veículo de apoio da concessionária sinalizava o final da fila, na altura do quilômetro 93”, explica a PRF, em nota.
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