| Foto: ATILA ALBERTI/Tribuna do Parana

Não é apenas na Avenida do Batel, onde um motociclista atropelou três pessoas na calçada no início do mês, que o excesso de velocidade e a falta de sinalização põem em risco motoristas e pedestres em Curitiba. No cruzamento entre as ruas José Rafael Kalinowski e Francisco Claudino Ferreira, no bairro Pinheirinho, acidentes assim são frequentes e os moradores da região reclamam que a prefeitura nada faz para reverter a situação — bem diferente da rápida resposta dada no Batel.

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O último acidente nesta esquina ocorreu na noite de 10 de julho, quando dois carros bateram. Um deles capotou e o motorista ficou preso nas ferragens. Entre as possíveis causas estão a sinalização apagada sobre o asfalto e a imprudência de motoristas que abusam da velocidade no trecho. Para quem convive com a situação, bastaria um radar no local para resolver o problema.

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“Aqui no bairro é tudo bem diferente”, reclama uma moradora que pediu para não ter o seu nome revelado. “Sempre temos registros, mas nunca vi algo sendo proposto pelas autoridades. A gente tem até medo de atravessar a rua, porque eles andam muito rápido”.

E ela não é a única a apontar esses problemas. A auxiliar de serviços gerais Maria Nair, de 50 anos, conta que já viu três acidentes graves nesse cruzamento e acredita que a imprudência não é a única responsável pelas batidas. “Algum equipamento como radar ou um semáforo poderia ser instalado aqui, já que há pouca visibilidade dos motoristas que seguem pela Rua Francisco Ferreira”, sugere.

De acordo com a Superintendência Municipal de Trânsito (Setran), tudo é feito por meio de análises e que um radar, por exemplo, leva em conta diversos fatores definidos pelo Conselho Nacional de Trânsito, como registro de acidentes e fluxo de tráfego, seguindo normas e legislação específica.

No caso da Avenida do Batel, por exemplo, o órgão afirma que a fiscalização passou a ser feita pelo fato de a via ser uma ligação importante entre o bairro e o Centro da cidade, concentrando um alto volume de veículos. O monitoramento começou a ser feito apenas oito dias após o acidente. Já no Pinheirinho, a possibilidade de instalação ainda segue em análise — assim como em outros pontos da cidade.

Além disso, a Setran diz que, a princípio, a sinalização do Pinheirinho deve ser pintada novamente para que os motoristas possam segui-la da maneira correta.

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