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Advogado vai pedir a nulidade dos atos por não ter conseguido acompanhar os primeiros dias de depoimentos | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Advogado vai pedir a nulidade dos atos por não ter conseguido acompanhar os primeiros dias de depoimentos| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O terceiro dia de audiência de instrução e julgamento do caso da morte do jogador Daniel começou nesta quarta-feira (20) com um pedido de nulidade dos atos das sessões dos últimos dias. O requerimento foi formalizado pelo advogado Rodrigo Faucz, que defende os réus Ygor King e David William da Silva. Faucz esteve fora de Curitiba nos dois primeiros dias por causa da defesa de sua tese de doutorado e, embora nenhum dos réus tenha sido ouvido nesta etapa, o advogado irá pedir nulidade sob justificativa que isso pode prejudicar seus clientes. O pedido, porém, foi indeferido.

“Nós temos uma tese levantada que a gente acompanha desde o início junto com familiares e clientes — e isso acaba prejudicando. É um direito de todo mundo estar acompanhado de um advogado de sua confiança”, defende Faucz.

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A ausência do advogado ocorreu porque um dos outros advogados envolvidos no processo pediu mudança nas datas das sessões e a Justiça antecipou o calendário das audiências em uma semana. Faucz chegou a pedir nova reconsideração das datas das audiências, mas teve o recurso rejeitado. A juíza Luciani Regina Martins de Paula recusou o pedido e as sessões anteriores seguem válidas.

“Num processo de júri, desde o início você tem que traçar estratégia no sentido de conseguir fazer com que a verdade venha à tona. Independente de eles terem sido ouvidos ou não, existem perguntas que devem ser realizadas para as testemunhas”, diz o advogado.

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Nesses dois dias, tanto Ygor como David, que respondem por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor (David também por denunciação caluniosa), foram assistidos por um advogado dativo designado pela juíza.

Novos depoimentos

A primeira audição desta quarta-feira é a do delegado titular da delegacia de São José dos Pinhais, Amadeu Trevisan, responsável por denunciar seis dois sete réus envolvidos. Ele foi um dos primeiros a chegar ao Fórum de São José dos Pinhais e, em condição de testemunha, diz que pretende reforçar a tese da investigação que coloca Cristiana Brittes como corresponsável pelo assassinato.

Delegado Amadeu Trevisan vai ser uma das testemunhas ouvidas nesta quarta-feiraAniele Nascimento/Gazeta do Povo

“A polícia vai falar o que a polícia apurou — e a polícia apurou que a Cristiana teve participação, uma vez que ela não impediu e fato e que pedia, conforme as testemunhas disseram no inquérito, é que aquele fato não ocorresse ali dentro, dando a entender que pouco se importaria se o fato ocorresse fora dela”.

Outros dois investigadores que trabalharam no caso devem fecham a lista de 14 testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público. Depois, devem começar a serem ouvidas as testemunhas de defesa. Ao todo, 48 pessoas devem ser ouvidas somente na defesa dos Brittes.

O advogado que representa a família, Claudio Dalledone Jr, disse que vai sugerir uma força-tarefa para esgotar todos os depoimentos o quanto antes. A ideia é que uma parte seja ouvida até a manhã de quinta-feira (21). O restante seria retomado na próxima terça-feira por causa da agenda dos advogados — que tinham se programado para o fim das audiências nesta quarta.

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