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| Foto: Daniel Castellano /Gazeta do Povo/Arquivo /

A temporada 2018/2019 será mais longa do que a do verão passado e isso significa mais trabalho para o Corpo de Bombeiros no Litoral do Paraná. Com início em 21 de dezembro, a Operação Verão vai até 10 de março de 2019, totalizando 80 dias. Serão 24 dias a mais do que na operação anterior, que mesmo assim registrou 873 casos de afogamentos e cinco mortes nas praias. E é justamente a probabilidade de repetição desse volume de ocorrências que aponta que os guarda-vidas têm mesmo com o que se preocupar.

Quem quer curtir o verão com segurança pode fazer a diferença com algumas atitudes básicas. Grande parte das ocorrências registradas poderia ter sido evitada com ações dos próprios veranistas. “Muitos afogamentos, inclusive vários dos que acabam em morte, são culpa de imprudência dos banhistas”, enfatiza a capitã Rafaela Diotalevi, da comunicação social dos bombeiros.

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As orientações para evitar acidentes são descumpridas principalmente pela população jovem, em especial do sexo masculino, que, geralmente ao se aventurarem, colocam em risco a própria vida. E as datas mais preocupantes são justamente no início e no fim da Operação Verão: o revéillon e o carnaval, quando as ocorrências aumentam consideravelmente. “Algumas pessoas têm prática de natação e acham que podem sair nadando no mar. Mas mar não é piscina, é completamente diferente”, comenta a bombeira.

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Justamente para evitar que qualquer falta de atenção ou despreparo acabe em tragédia, a corporação orienta que o banhista procure sempre o posto de guarda-vidas como ponto de referência para entrar na água. Além disso, é imprescindível ficar longe de áreas com bandeira vermelha - que indica que o mar está impróprio para banho. “As bandeiras são colocadas por bombeiros que fazem ronda na orla e verificam se há algum buraco na areia ou perímetro onde o mar está puxando, por exemplo”, esclarece a capitã.

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Para quem vai para a praia com crianças, a lista de orientações é ainda maior, começando pela recomendação de identificá-las com pulseirinhas contendo informações de contato. “As pulseiras podem ser pegas nos postos com os guarda-vidas, mas o uso não elimina a necessidade de supervisão a todo momento”, alerta a capitã. A atenção total aos pequenos se deve à facilidade com que eles costumam sumir — muitas vezes em direção ao mar.

Temporada mais longa

A expectativa de que os veranistas passem mais tempo no Litoral é motivada pela data do carnaval de 2019. O feriado cai no início de março, o que contribui para manter os visitantes por mais tempo nas praias. “Isso pode fazer com que pessoas consigam um tempo na agenda para ir à praia”, analisa a capitã Rafaela.

Neste verão, a operação mobilizará 2.200 profissionais do estado para as praias, entre bombeiros, policiais militares e civis, agentes ambientais e de saúde, entre outros servidores.

O destaque desta temporada será o auxílio de ferramentas tecnológicas na Operação Verão. Drones serão usados pelos bombeiros para acompanhar os banhistas no mar e prevenir afogamentos, bem como pela PM para monitorar o público na orla. A população também poderá averiguar onde está distribuído o efetivo de guarda-vidas pelos 89 posto dos bombeiros nas praias. Também haverá pontos gratuitos de wi-fi e empréstimo de bicicletas elétricas.

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