Protesto contra ajuste fiscal teve confronto na Ópera de Arame| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O confronto entre policiais militares e manifestantes contrários ao pacote de ajustes fiscais proposto pelo prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN), deixou pelo menos 24 pessoas feridas na manhã desta segunda-feira (26), em frente à Ópera de Arame, onde os vereadores tentam conduzir a terceira tentativa de votação das medidas.

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De acordo com informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), dos feridos, 10 seriam manifestantes e 14 seriam policiais militares que participaram da operação.

O ferimento mais grave entre os policiais foi em um soldado do 23.º Batalhão que teve fratura no maxilar e no osso do zigoma (acima da bochecha). Ele foi levado para o Hospital Evangélico e precisará passar por uma cirurgia nesta terça-feira, mas não corre risco de vida. Putros dois policiais sofreram ferimentos no rosto devido a pedradas.

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Entre os manifestantes, os casos mais graves foram de duas pessoas com balas de borracha que ficaram cravadas nas pernas. Uma mulher também sofreu uma luxação no ombro, segundo o relatório da Secretaria de Segurança. Nenhum deles precisou de internação.

Três pessoas também foram detidas. Uma delas é um homem que não teria respeitado a área disponível para imprensa e assessores e, ao ser convidado a se sair da área, teria desacatado policiais e usado força. O detido também portava, segundo a Sesp, um rádio de comunicação sem licenças de uso. Ele foi encaminhado para a Polícia Federal. O segundo detido portava spray de pimenta e o terceiro, cocaína. Cerca de 3,5 mil manifestantes estiveram no local.

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública lamentou o ocorrido e disse que os manifestantes não respeitaram a determinação de ficarem na pedreira. A versão da pasta é de que as pessoas que participavam do ato foram para cima dos policiais.

Já os sindicatos discordam da declaração da Sesp. Por meio de sua assessoria de imprensa, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) diz não acreditar que a violência partir do lado dos servidores e que, no máximo, eles arremessaram copos e garrafas de plástico durante os protestos. Representando os professores da rede municipal, o Sismmac destaca que, durante o enfrentamento, a equipe de primeiros socorros atendeu 37 servidores com diferentes graus de ferimentos, sendo três delas em estado grave — incluindo um guarda com lesões no crânio. O sindicato afirma ainda que, se a votação tivesse sido feita na Câmara ou o acesso à Ópera de Arame tivesse sido liberada, não haveria confronto.

Veja a nota da Sesp na íntegra:

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“A Secretaria da Segurança Pública do Paraná lamenta o confronto ocorrido entre manifestantes e policiais militares durante a votação dos projetos da Câmara Municipal.

Os manifestantes não se concentraram no local determinado previamente em reuniões na Sesp – que era a Pedreira Paulo Leminski. Ao invés disso, se aglomeraram na rua e parte deles rompeu a barreira imposta pela PM. As imagens mostram que os manifestantes partiram para cima dos policiais, jogando grades de proteção, pedras e até um extintor de incêndio.

Durante a ação, três pessoas foram detidas: *** por desacato e porte de rádio de comunicação sem licença de uso. Ele foi encaminhado para a Polícia Federal. *** por portar spray de pimenta e ****** por porte de cocaína. Já foram liberados.

A Secretaria da Segurança Pública ressalta que, em nenhuma circunstância, as aeronaves da polícia são utilizadas para auxiliar em controle de distúrbios civis. O emprego do helicóptero nesta segunda-feira foi como plataforma de observação, eventual socorro médico e para levantamento de informações, como número de manifestantes no local. Não é verdadeira a informação que foi jogada bomba do helicóptero. As aeronaves nunca são equipadas com material explosivo ou bomba de gás.

A Sesp espera que não ocorra qualquer incidente entre policiais e manifestantes nesta terça-feira (27). E pede para os sindicalistas que queiram se manifestar de forma pacífica que se concentrem na Pedreira Paulo Leminski, conforme combinado em reuniões prévias, com a participação de Ministério Público e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Paraná.”

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Servidores enfrentam paredão de policiais militares, durante votação do ajuste fiscal municipal na Ópera de Arame.
Servidores enfrentam paredão de policiais militares, durante votação do ajuste fiscal municipal na Ópera de Arame.
Servidores enfrentam paredão de policiais militares, durante votação do ajuste fiscal municipal na Ópera de Arame.
Servidores enfrentam paredão de policiais militares, durante votação do ajuste fiscal municipal na Ópera de Arame.
Servidores derrubam grades e tentam invadir o prédio da Ópera de Arame, onde vereadores realizam sessão para votar o pacote de ajuste fiscal da prefeitura de Curitiba.
Servidores derrubam grades e tentam invadir o prédio da Ópera de Arame, onde vereadores realizam sessão para votar o pacote de ajuste fiscal da prefeitura de Curitiba.
Servidores protestam em frente ao Teatro Ópera de Arame, onde vereadores tentam votar o pacote de ajuste fiscal da prefeitura de Curitiba.
Servidores derrubam grades e tentam invadir o prédio da Ópera de Arame, onde vereadores realizam sessão para votar o pacote de ajuste fiscal da prefeitura de Curitiba.
Servidores derrubam grades e tentam invadir o prédio da Ópera de Arame, onde vereadores realizam sessão para votar o pacote de ajuste fiscal da prefeitura de Curitiba.
Servidora protesta diante da parede de policiais militares, durante sessão de votação do pacote de ajuste fiscal da prefeitura de Curitiba.
Votação do pacote do ajuste fiscal da prefeitura de Curitiba acontece da Ópera de Arame, sob forte esquema de segurança.
Votação do pacote do ajuste fiscal da prefeitura de Curitiba acontece da Ópera de Arame, sob forte esquema de segurança.
Votação do pacote do ajuste fiscal da prefeitura de Curitiba acontece da Ópera de Arame, sob forte esquema de segurança.