Nem a garoa nem a baixa temperatura deram conta de espantar os cerca de 30 amigos do estudante de engenharia, Jorge José de Souza Farias, 21, que, por meio das redes sociais, organizaram uma ação beneficente em homenagem ao rapaz, morto a facadas no centro de Curitiba, no dia 30 de maio.
Por volta das 9h da gelada manhã de sábado (16), o grupo se reuniu em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná, na Praça Santos Andrade, com um único objetivo: promover a solidariedade.
A iniciativa surgiu depois que alguns amigos do rapaz souberam da tragédia que o vitimou, ainda na semana do crime. Conscientes do forte engajamento social de Jorge, eles resolveram botar em prática uma das boas ações que ele costumava praticar: doação de sangue.
A iniciativa surgiu depois que alguns amigos do rapaz souberam da tragédia que o vitimou, ainda na semana do crime. Conscientes do forte engajamento social de Jorge, eles resolveram botar em prática uma das boas ações que ele costumava praticar: doação de sangue.
“Ele doava sangue regularmente e, na mesma semana do assalto, tinha mandado uma mensagem no grupo da igreja convocando o pessoal a fazer o mesmo, já que os estoques nos bancos de sangue estavam em desfalque por conta da greve dos caminhoneiros”, conta a estudante e amiga pessoal do rapaz, Thalita Lopes Mascarenhas, 20.
Ela lembra de como se sentiu ao receber a notícia da morte de Jorge, no dia 30 de maio. “Eu não quis acreditar. Na quarta-feira falávamos de doar sangue juntos e na quinta-feira estávamos no velório dele”, lamenta.
Ação #somostodosjorge homenageia estudante morto a facadas no dia 30 de maio e promove doação de sangue coletiva
Publicado por Tribuna do Paraná em Sábado, 16 de junho de 2018
Doação coletiva
Ao lado de Thalita, outros amigos e conhecidos de Jorge não se intimidaram com as carrancas do clima curitibano e, como forma de protesto, promoveram a doação coletiva. “Essa é o forma que encontramos de manifestar a nossa insegurança”, afirmou a moça.
O grupo, composto na maioria por jovens entre 18 e 23 anos, seguiu em clima de festa até o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), no Alto da XV, onde prestou colaboração ao banco se sangue. Com voz e violão, a turma traduziu em canções a saudade do amigo e, com o próprio sangue, encontrou um jeito se transformar a dor da perda em solidariedade.
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