O curitibano recebe nesta sexta-feira (29) uma forma a mais de solicitar os serviços da prefeitura. O aplicativo Curitiba 156 chega aos smartphones Android e iOS no dia do aniversário da capital paranaense com a promessa de facilitar o acesso aos serviços oferecidos pela plataforma — e a expectativa com a novidade já tem feito várias secretarias se prepararem para lidar com o aumento de demanda.
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A proposta é simples: no lugar de fazer com que o usuário tenha que ligar para a Central 156 para fazer uma solicitação, ele pode fazer isso direto da tela do seu celular — e em apenas alguns segundos. De acordo com o gestor da Central 156 pela prefeitura, Willian Jonderlan de Oliveira Belem, o app é dividido em categorias de modo que direciona o usuário para onde precisa com alguns poucos cliques. “Você consegue registrar uma ocorrência em 30 ou 40 segundos. Por telefone, esse tempo varia de 1 a 3 minutos dependendo da quantidade de informações que precisam ser coletadas”, diz.
Segundo Belem, esse direcionamento serve não só para agilizar a abertura de chamado, mas também para cortar etapas. Como ele funciona em um sistema de passo a passo, o aplicativo dispensa a etapa da triagem e encaminha o pedido diretamente para o setor responsável — o que deve acelerar também a solução do problema para o cidadão.
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Além disso, o novo aplicativo usa recursos do próprio celular do usuário para otimizar o atendimento. “A pessoa pode mandar imagens da ocorrência e o responsável pelo serviço tem mais agilidade no trabalho na hora de identificar a ocorrência”, explica. Assim, com essa imagem, a prefeitura pode dispensar o envio de um técnico e resolver o problema em menos tempo.
Outra vantagem prometida no app Curitiba 156 é o uso da geolocalização. O aplicativo é capaz de identificar a posição do usuário a partir do GPS do smartphone e usar isso na solicitação. “Se você for pedir a troca de lâmpada de um poste, ele já mostra qual o poste está por perto e puxa até mesmo o código de identificação”, detalha Belem. “Isso mostra o quanto o aplicativo está integrado com o banco de dados da prefeitura”.
Neste primeiro momento, a plataforma vai funcionar com apenas 12 dos 270 assuntos disponíveis na Central 156: Árvore, Calçadas, Coleta, Fiscalização de Obra Particular, Iluminação Pública, Lombada Física, Pavimentação, Pessoa em Situação de Rua, Proteção ao Patrimônio, Semáforo, Terreno Baldio e Trânsito. De acordo com a prefeitura, as categorias foram escolhidas depois de um período de avaliação em que se constatou que cerca de 70% das demandas estavam dentro desse grupo.
Assim, caso alguém precise de um serviço que esteja fora desse leque inicial terá de procurar canais de atendimentos alternativos, como telefone e site. Contudo, como destaca Belem, há a possibilidade de o app aumentar a quantidade de opções dependendo da demanda que surgir após o lançamento.
Além disso, ele ainda vai trazer o itinerário e a localização de ônibus, telefones úteis, endereços de escolas e unidades de saúde. O usuário também pode entrar em contato com a Fundação de Ação Social (FAS) para agendar uma doação de móveis e eletrodomésticos.
Preparativos
O Curitiba 156 é o quarto e último aplicativo do pacote de novidades digitais prometidas pela prefeitura para as festividades de 326 anos da cidade. Além dele, a capital já recebeu o Saúde Já, Nota Curitibana e o Curitiba APP, que reúne praticamente todos os serviços ofertados pela administração municipal. Contudo, o 156 é o que tem mais potencial para cair nas graças do curitibano visto a gama de serviços ofertados.
Atualmente, a Central 156 recebe uma média de 45 mil solicitações por mês via chamada telefônica ou pelo portal. De acordo com Belem, a estimativa da prefeitura é que o número de demandas pelo app tenha um crescimento equivalente ao da plataforma web, ou seja, de quase 500% em um ano.
Para o coordenador de Atendimento ao Cidadão da plataforma, Ozires de Oliveira, a proposta com o aplicativo é alcançar um público que ficava de fora nos demais canais. “Visamos um público que a gente ainda não alcança: mais jovem, conectado, e que não tem paciência para entrar em contato por telefone”, diz. Assim, com a chegada das demandas desse novo grupo, a expectativa é que o número de ocorrências também cresça.
Segundo Oliveira, espera-se que, em breve, até 70% das solicitações sejam feitas pelo celular. Por isso, ele conta que diversos setores dentro da prefeitura tiveram que se preparar para lidar com esse aumento no número de solicitações. “Fizemos algumas reuniões para levantar os principais temas e fazer todo o alinhamento necessário. É uma mudança grande e, se você não tiver um planejamento adequado, pode gerar muitos transtornos”, diz. “E a gente fez de tudo para que isso não acontecesse — só se tiver uma avalanche de solicitações”.
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