A liderança do acampamento dos apoiadores do ex-presidente Lula (PT) informou na manhã desta terça-feira (10) que não pretende se deslocar até o Parque Atuba. O espaço fica a cerca de 3 km de onde o petista está preso e foi cedido pela prefeitura de Curitiba para minimizar o impacto do acampamento no entorno da Superintendência da Polícia Federal (PF), no bairro Santa Cândida. De acordo com a militância, aproximadamente 1.500 pessoas seguem acampadas nas ruas ao redor da PF.
A sugestão de realocação chegou a ser discutida e a governadora Cida Borghetti (PP) começou a apresentar a ideia a interlocutores. No entanto, um dos responsáveis pela comunicação do acampamento no Santa Cândida, o jornalista Pedro Carrano, afirmou que a saída para o parque não foi aprovada. “A gente vai permanecer aqui nos arredores da PF. Vamos acompanhar o julgamento do Supremo Tribunal Federal [dos recursos para liberar o ex-presidente] aqui e o acampamento está se organizando nesta região”, afirma .
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Segundo Carrano, parte dos militantes chegam ao local em caravanas de diversos estados do país, mas não há confirmação do número de ônibus que já trouxeram apoiadores ao local e nem estimativa de quantos ainda virão. “O que podemos confirmar é que o acampamento vai se estender até uma possível saída do ex-presidente. Nossa convocatória é permanente”, enfatiza o jornalista.
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Até o último domingo (8), cerca de 15 ônibus haviam chegado à capital paranaense, de acordo com a contabilização da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com a ANTT, desde a última sexta-feira (06), o órgão emitiu 66 licenças de viagem com destino a Curitiba, mas não há como definir quantas e nem quais estão relacionadas ao ato político em favor do ex-presidente.
Decisão judicial
A alternativa de realocar os acampantes no Parque Atuba foi sugerida após uma decisão judicial que impede acampamento em frente à PF. Na liminar concedida no último sábado (7), o juiz substituto Ernani Mendes Silva Filho determinou que os manifestantes “não impeçam o trânsito de pessoas e coisas na mencionada área, bem como se abstenham de montar estruturas e acampamentos nas ruas e praças da cidade, sem prévia autorização municipal e nos termos da legislação vigente”. O pedido foi feito pela prefeitura de Curitiba para “garantir a segurança da população no entorno da Polícia Federal e evitar acontecimentos violentos”.
De acordo com a coordenação do acampamento, os militantes têm dormido em barracas e dentro de ônibus em ruas que não foram citadas no interdito proibitório. “Estamos justamente atrás da faixa traçada pelo interdito”, garantiu Carrano.
A segurança segue reforçada no entorno do prédio da PF desde sábado (7), quando Lula foi preso e houve confusão, com 8 feridos no confronto entre a polícia e militantes. A Polícia Militar (PM) bloqueia várias ruas e sobrevoa a região de helicóptero. Já o Grupo de Pronta Intervenção (GPI), equipe tática de elite da PF capacitado para manter a ordem em situações emergenciais e de alto risco, segue de prontidão na portaria do prédio. A Guarda Municipal de Curitiba também presta apoio nas rondas.
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