As baixas temperaturas registradas em Curitiba nos últimos dias estão alterado a rotina dos apoiadores do ex-presidente Lula nas proximidades da Polícia Federal (PF), no bairro Santa Cândida. Nesta segunda-feira (22), os apoiadores começaram a receber doações de meias de lã, casacos e cobertores para encarar o frio, que na madrugada de segunda-feira (21) chegou vitimar um morador de rua no Centro de Curitiba, quando os termômetros chegaram a 2,9ºC. As caravanas que chegam ao Santa Cândida também têm alugado casas na região para amenizar o impacto das baixas temperaturas nas barracas.
A arrecadação de roupas de frio aos manifestantes está sendo feita pelo Facebook. O engenheiro aposentado Antonio Goulart, 62 anos, adquiriu junto com conhecidos 60 pares de meias de lã para doar aos manifestantes. “Reunimos o valor, compramos meias bem grossas e quentes e entregamos tudo”, conta o aposentado. Agora, ele pretende arrecadar 200 pares de luvas.
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A organização do acampamento também informa que está buscando uma estrutura de dormitório nas proximidades para que já possa ser utilizado nos próximos dias. “Como grupos esporádicos já atacaram o acampamento, vamos zelar pela segurança dos manifestantes, evitando dar mais detalhes desses locais”, explica o jornalista Pedro Carrano, um dos responsáveis pela comunicação do grupo. No dia 17 de abril, torcedores da organizada Império Alviverde, do Coritiba, se envolveram em uma briga com os manifestantes acampados. Já no dia 28 de abril, o acampamento foi atacado por um homem armado, que disparou contra os manifestantes.
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Algumas casas começaram a ser alugadas por grupos de manifestantes na semana passada e outras têm sido cedidas gratuitamente por apoiadores. “É o caso de um imóvel onde os proprietários abriram a garagem para que preparássemos nossas refeições diariamente ali”, aponta Carrano.
A proposta, é oferecer locais adequados para que as pessoas enfrentem o frio curitibano. No entanto, a vigília nas ruas próximas da PF não será desmontada, já que vários manifestantes preferem continuar nas barracas. “Os imóveis na região são apenas para dormirmos, pois a programação continuará acontecendo normalmente das 9h às 19h30 nas proximidades da Polícia Federal, respeitando os horários dos acordos e o interdito proibitório”, adianta.
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