Uma das promessas que se arrastam desde 2014 é a construção de um terminal de ônibus no bairro Tatuquara, em Curitiba. A construção deveria ter começado ainda na gestão de Gustavo Fruet (PDT), o que não aconteceu. No ano passado, no início da gestão de Rafael Greca (PMN), o atual prefeito garantiu que as obras iniciariam até o fim de 2017. O tempo passou e houve mais um adiamento: o prazo foi mudado para o fim do primeiro semestre de 2018. Quase na metade do segundo semestre, o edital de licitação nem sequer foi publicado.
A assessoria do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), responsável pelo projeto, explicou que questões burocráticas tomaram mais tempo para serem resolvidas do que o previsto. No entanto, segundo o órgão, tudo foi resolvido, o projeto aprovado pela Caixa Econômica Federal e o edital de licitação deve ser publicado até o fim de setembro. Se tudo ocorrer dentro do cronograma, sem nenhum questionamento jurídico por nenhuma empresa participante da licitação, até o fim do ano as obras devem ser iniciadas.
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Os recursos para a obra do terminal virão do PAC da Mobilidade, que prevê melhorias na rede integrada de transporte. O recurso, liberado pelo Ministério das Cidades, virá do Orçamento Geral da União. O terminal terá 3,4 mil metros quadrados, levará de 12 a 18 meses para ser construído, e custará R$ 8,34 milhões.
Esse terminal será uma alternativa de descentralização do transporte na região, que hoje está todo concentrado no Pinheirinho. Também representará uma reestruturação no corredor de transporte, que trará mais mobilidade aos passageiros, com possibilidades de viagens diretas ao Centro e integração em outros terminais da capital.
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“A gente precisa pegar o alimentador aqui, que dá 50 minutos até o Pinheirinho. Lá, a gente desce e pega outro até o Centro. Já são mais 40 minutos”, diz o jovem Daniel Garcia, que mora com o pai no bairro há 18 anos. Ele conta que há diversas vilas na região e em nenhuma delas há um ônibus direto ao Centro. “Se tivesse um terminal, ficava muito mais fácil e rápido não só chegar ao centro, mas integrar para outros bairros”, afirma.
Regional
O Tatuquara era um bairro que não tinha sua própria regional. Até então, era ligado à Regional Pinheirinho. Criada em 2011, a Regional, que engloba os bairros Tatuquara, Campo de Santana e Caximba, permitiu que o bairro sede (Tatuquara) tivesse a sua própria infraestrutura municipal, como Rua da Cidadania, Sacolão, Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas, entre outros benefícios. Merecido, visto que foi um dos bairros que mais rápido cresceu nos últimos 10 anos. Enquanto a cidade, como um todo, teve um crescimento populacional de 0,99% ao ano, o Tatuquara cresceu 3,8%.
O bairro, segundo os dados mais recentes do Ippuc, tem 52.780 habitantes e 16.230 domicílios e fica uma área de 11,23 quilômetros quadrados, o que corresponde a 2,58% do território de Curitiba, fazendo divisa com os bairros Campo de Santana, Umbará, Sítio Cercado, Pinheirinho e CIC, além dos municípios Araucária e Fazenda Rio Grande. Dessa forma, um terminal de ônibus no Tatuquara ajudaria não só nos deslocamentos dentro da cidade, como também na integração dos moradores das cidades metropolitanas à capital.
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