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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Quando há a deterioração da infraestrutura da cidade em Curitiba, os cidadãos, muitas vezes, precisam apelar para soluções criativas. É o caso de um bueiro no Calçadão da Rua XV de Novembro, que nesta quarta-feira (26) completa duas semanas sem a tampa de proteção e já causou diversos acidentes com os pedestres da região. Por isso, uma varredora de rua colocou um cabo de vassoura vermelho no buraco, que serviria para chamar a atenção de quem passa. Logo em seguida, os funcionários de uma loja no local criaram uma placa de alerta em papelão para colocar por cima do cabo.

“Teve uma mulher que caiu um tombo e bateu a boca. Um menino que caiu com a perna inteira dentro do bueiro e várias outras pessoas que tropeçaram, mesmo com a placa de aviso”, explica Maricela Rolinski, vendedora do comércio em frente ao bueiro. Segundo Maricela, a Sanepar, responsável pela instalação, já foi contatada duas vezes por causa do problema. “Na primeira vez, eles vieram até a rua, olharam e não fizeram nada. Recentemente eles vieram de novo, mas ainda não resolveram”, conta a funcionária, que explica que o perigo existe principalmente porque a XV é uma rua com muitas vitrines, e as pessoas acabam não olhando para o chão enquanto caminham.

O comerciante Rafael Musse, que fazia compras na região na manhã desta quarta, estava acompanhado do filho de 8 anos e ficou preocupado quando viu o buraco. “Um bueiro aberto assim é um perigo ainda maior para quem está com crianças. Eu tive que deixar minha mulher dentro da loja e ficar cuidando, para que ele não saísse de perto”, conta Musse. Para o comerciante, “é uma falta de responsabilidade ter um bueiro aberto em uma rua tão movimentada”.

De acordo com a vendedora Maricela Rolisnki, a Sanepar afirma que o prazo para concerto é de 2 de agosto. “Até lá, porém, outros acidentes podem acontecer”, vislumbra.

Outro lado

Em nota sobre o caso, a Sanepar informou que uma equipe foi enviada imediatamente após ser contatada pela reportagem ao local. Caso a empresa verifique que a tampa seja responsabilidade de outro prestador de serviço, como a prefeitura ou a telefônica, por exemplo, a Sanepar irá avisar a responsável pela estrutura.

Além disso, a companhia “estranha a informação de que necessitaria de prazo até o dia 2 de agosto para repor uma tampa, cujo material possui em estoque e é de fácil instalação”.

Colaborou: Cecília Tümler

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