Para evitar novos atropelamentos na esquina das avenidas Kennedy e República Argentina, no bairro Portão, a Setran testa um equipamento que emite avisos sonoros quando os biarticulados que trafegam pela canaleta se aproximam do cruzamento. O local registrou três atropelamentos de pedestres por biarticulados nos últimos meses. Em agosto, uma adolescente de 16 anos ficou gravemente ferida após ser atingida por um ônibus. Em outubro, duas pessoas foram atropeladas pelo veículo no mesmo lugar. Após os acidentes, a velocidade dos ônibus no trecho foi reduzida para 40km/h, seguindo o exemplo do que aconteceu na Travessa da Lapa, no Centro.
O projeto-piloto entrou em funcionamento nesta quarta-feira (20), e funcionará por 30 dias em fase de avaliação, segundo a superintendente de trânsito de Curitiba, Rosangela Batistella. “Vamos testar para ver o comportamento do pedestre em relação ao aviso, ver se ele entende a mensagem, se presta a atenção em seu conteúdo”, destacou.
De acordo com Rosangela, nos incidentes ocorridos no local, as imagens das câmeras mostraram que a desatenção dos pedestres foi o principal motivo para a ocorrência. A superintendente destaca que muitos atravessam a rua sem estar atentos à sinalização ou à movimentação do local, já que estão ouvindo música ou falando ao telefone. Esse comportamento fez surgir a solução dos técnicos da secretaria. “Sempre temos reuniões operacionais, com pessoal da engenharia, da fiscalização, e todos os comentários são de que era preciso fazer alguma coisa além de sinalizar. Aí a gente pensou no sinal sonoro”, relatou.
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O dispositivo, que fica instalado na esquina das avenidas, tem sensores sobre o asfalto que alertam para a passagem dos veículos. O aparelho, entretanto, é uma adaptação, que vem do modelo usado para a travessia de ruas de deficientes visuais. “Existe para deficientes visual, eles apertam o botão e tem um apito, indicando que é seguro para fazer a travessia. Baseado nisso, pensamos em fazer esse, para que o pedestre possa escutar a mensagem”, destacou Rosangela.
A superintendente destaca que essa não será a única medida para a segurança do local, e que espera que o sistema possa ser espalhado por outros cruzamentos em Curitiba. “Entre outras situações, vamos colocar a grade, para as pessoas não atravessarem fora da faixa. A sinalização já foi toda refeita lá. Vamos testar para ver se realmente vai ser eficiente, mas esperamos ter um case de sucesso que possa ser replicado em outros pontos que apresentarem problemas semelhantes”.
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