| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo/Arquivo

Os funcionários dos Correios seguem em greve nesta sexta-feira (29), mesmo após o vice-presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Emmanoel Pereira, ter declarado que a paralisação é abusiva, já que foi iniciada durante um processo de negociação coletiva. Mesmo com a paralisação, os Correios afirmam que 84,42% dos empregados em todo o país (91.651) estão trabalhando normalmente e um mutirão de entregas acontecerá neste fim de semana para evitar o acúmulo de encomendas.

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Os Correios prometem realizar um mutirão de entregas em todo país neste sábado e domingo (30 de setembro e 1.º de outubro). O serviço será conduzido por funcionários temporários e os colaboradores da área administrativa.

Além disso, a instituição afirma que toda a rede de atendimento está aberta e serviços, como SEDEX e PAC, continuam disponíveis. Apenas as encomendas com hora marcada - SEDEX 10, SEDEX 12, SEDEX Hoje, Disque Coleta e Logística Reversa Domiciliária - estão suspensos.

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De acordo com Adailton Francisco Cardoso, secretário de finanças do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), a categoria não aceitou a decisão do ministro e os advogados que representam a classe já se mobilizaram para reverter a situação. “Entramos com mandado de segurança e vamos ver o resultado. Logo que sair a posição federal, faremos o mesmo aqui no estado para evitar que os funcionários tenham desconto referente aos dias da greve”.

Enquanto isso, ele informa que mais de 70% dos colaboradores no Paraná permanecem parados até que um acordo seja firmado. “Queremos somente que mantenham nossos benefícios, pois querem tirar grande parte deles”, solicitou o secretário.

Posição da Federação

Diante da decisão do ministro Emmanoel Pereira, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) afirma que cancelou as negociações devido à deflagração da greve. “Logo, a decisão dos empregados não é fato impeditivo para a continuidade do processo de negociação, conforme informado à direção dos Correios, anteriormente”.

A instituição também explica que a empresa não apresentou oficialmente nenhuma proposta, o que fez com que todos os estados do país deflagrassem a greve. “Ao longo dos próximos dias, a federação terá a árdua missão de esclarecer devidamente toda a situação via procedimentos judiciais pertinentes no Tribunal Superior do Trabalho”.