O primeiro grande ato de protesto dos vários programados para esta quarta-feira (15) reuniu nesta manhã milhares de manifestantes no Centro de Curitiba nesta contra
o contingenciamento de 5% do orçamento anual do Ministério da Educação, de R$ 7,4 bilhões de um total de R$ 149 bilhões. Nas universidades públicas o congelamento de gastos atingirá 3,5% do orçamento total de cada instituição, 30% das chamadas verbas não obrigatórias. Estudantes secundaristas, professores e outras categorias se uniram aos universitários em uma caminhada que bloqueou diversas ruas no caminho entre a Praça Santos Andrade, no Centro, e o Palácio Iguaçu, no Centro Cívico.
Mais atos estão previstos em Curitiba ao longo desta quarta pelos estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Untiversidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e o Instituto Federal do Paraná (IFPR).
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A manifestação desta manhã começou por volta das 9h, quando centenas de estudantes começaram a se concentrar na Praça Santos Andrade, em frente ao Prédio Histórico da UFPR. Aos poucos, porém, o grupo começou a crescer com a adesão de estudantes secundaristas — muitos vindos do Colégio Estadual do Paraná (CEP) —, de professores da rede estadual e de servidores públicos. Alunos de universidades particulares, como os da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e Positivo, também participaram.
O grupo seguiu em caminhada até o Centro Cívico, o que bloqueou várias ruas importantes do Centro, como as ruas João Negrão e Marechal Deodoro e as avenidas Marechal Floriano Peixoto e Cândido de Abreu. A Polícia Militar (PM) acompanhou a manifestação e ajudoua organizar o trânsito. Nenhum incidente foi registrado.
Próximo ato
A marcha foi a primeira manifestação prevista para esta quarta-feira. Durante todo o dia movimentos e entidades devem permanecer na Praça Santos Andrade. Por volta das 18h, um novo ato deve movimentar a região e alterar o trânsito na região central. O evento está sendo organizado pelas redes sociais e até o início da tarde desta quarta mais de 3,3 mil pessoas já haviam confirmado presença.
Paralisações
Além dos estudantes, outras categorias aderiram ao ato desta manhã, como os professores da rede estadual. De acordo com o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, muitos professores atenderam ao chamado da entidade e foram para as ruas.
"Hoje tem uma participação importante da rede estadual. Não é uma paralisação completa, embora o chamado seja de um dia de greve", diz. Segundo ele, a paralisação é parcial e várias escolas estão sem professores e funcionários dispensados para participar do ato.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), 2,6% das escolas ficaram totalmente paralisadas durante a manhã e outras 6,5% tiveram seu funcionamento parcialmente afetado. A pasta destacou ainda que quarta-feira será dia normal para o calendário escolar e que, por isso, orienta que "as aulas ocorram normalmente em todas as instituições de ensino da rede estadual da educação básica". Ainda conforme a pasta, professores ausentes terão o dia descontado dos salários".
Servidores do Hospital de Clínicas também decidiram parar. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná (Sinditest-PR), a mobilização promete ter adesão de boa parte da categoria — o que, no HC, pode afetar serviços como atendimento, internamentos e os prestados na área ambulatorial (exames e consultas eletivas). A mudança na escala não vai afetar atividades de urgência, emergência e de serviços de alta complexidade, como as Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
Servidores municipais, incluindo professores das escolas da rede municipal e das CMEIs, vão integrar a mobilização por meio do esquema de "representação", o que significa que só irão participar das manifestações quem estiver fora da sala de aula. De acordo com o sindicato da categoria, o Sinditest, a mobilização desta quarta é um "esquenta" para a paralisação nacional de várias categorias que vem sendo organizada para o próximo dia 14 de junho.
De madrugada, metalúrgicos de cerca de oito fábricas de Curitiba e região metropolitana, entre elas Renault, Volkwagen, Audi, Bosch e Volvo - também prestaram solidariedade à manifestação antes do expediente. As ações nas fábricas foram organizadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Paraná (Sindimetal-PR)
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