Após recordes de calor, o frio voltou a Curitiba nesta segunda-feira (4). A chuva e a invasão de um ar menos aquecido adiantou a sensação de outono em toda a região Sul do país e fez com que a capital paranaense começasse a semana em seu clima mais clássico: céu fechado, termômetros lá embaixo e garoa.
De acordo com o Simepar, a mínima registrada em Curitiba nesta segunda foi de apenas 14,4°C - praticamente a metade da temperatura constante das últimas semanas, quando o comum eram os termômetros acima dos 30°C. Na última quarta-feira (30), Curitiba chegou ao recorde de calor nos últimos 22 anos: 35,9ºC. Ao meio-dia desta segunda, o termômetro havia subido pouco, ficando perto de 16ºC.
A virada no tempo se deve a uma frente fria que conseguiu romper a bolha de calor estacionada na região desde o início do ano. E com a mudança, muita gente teve que tirar às pressas os casacos do fundo do armário. Pelas ruas, as roupas leves deram lugar aos agasalhos. Até toucas de lãs foram resgatadas das gavetas.
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E agora que o frio chegou, ele não tem pressa para ir embora, mesmo em pleno verão. A previsão dos meteorologistas é de que as temperaturas só comecem a aumentar a partir do próximo fim de semana.
Até lá, as mínimas seguem baixas em todo Paraná. Em Curitiba, os termômetros ficam entre 15°C e 18°C pela manhãs e as máximas não passam dos 25°C. Inácio Martins, no Centro-Sul, que teve a manhã mais fria do estado nesta segunda, com 13,4°C, deve continuar com madrugadas perto dos 14° C.
Até o fim de semana, o sol fica tímido e os ventos continuam favorecendo a entrada do ar mais ameno. Dessa forma, a nebulosidade a frequência das chuvas aumentam.
O frio foi motivo de alegria até mesmo do prefeito Rafael Greca (PMN), que usou as redes sociais para dar boas-vindas à queda de temperatura.
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“Entre 16 e 19 graus centígrados nossa alma respira, o coração curitibano pulsa aliviado, o sono poderá vir sem rumores de ar condicionado, sem pesadelos de madrugada abafada”, escreveu o prefeito em sua página no Facebook. Em postagem anterior, ainda com temperaturas elevadas, chegou a pedir pelo fim do calor. “Os curitibanos e curitibinhas olham para o céu e se perguntam: Quando, Senhor, cessará o calor abominável, voltarão dias de frescor? Queremos bruma, chuva e garoa, voltando a tecer o verde profundo da Terra dos Pinheirais”.
Janeiro quente
Para quem é acostumado ao inverno da capital mais gelada do país, a virada no tempo faz sentido. Levantamento do Simepar mostra que o mês passado foi um dos janeiros mais quentes desde 1997, quando o instituto começou a fazer medições no estado.
Segundo o balanço, janeiro de 2019 teve recorde horas seguidas de calorão. Ao todo, foram 86 horas com termômetros marcando 30°C ou mais, o que nunca havia ocorrido desde o início dos trabalhos do Simepar na cidade. Para se ter uma ideia, situação semelhante foi só em 2015, quando foram registradas 81 horas acima dos 30°C.
Além disso, o último mês chegou com outro recorde: é, agora, o janeiro com a maior média mensal desde 1999, com 30,4 °C.
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