Carlos Eduardo dos Santos, assassino confesso de Rachel Genofre, a menina encontrada morta dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba em 2008, teve a prisão preventiva decretada a pedido da Polícia Civil do Paraná. Em decisão proferida no último dia 26 e divulgada nesta quinta-feira (2) pela Polícia Civil, o juiz responsável pelo caso acatou o argumento de que a liberdade do suspeito seria uma afronta a ordem pública e que a aplicação da lei penal precisava ser garantida.
Santos está preso desde 2017 por outros crimes, inclusive sexuais e foi transferido de Sorocaba-SP para Curitiba em outubro. A prisão preventiva, foi pedida ao final do inquérito policial, concluído em novembro, para se evitar qualquer risco de que o acusado venha a ser solto por conta de decisões nos outros processos que responde.
O inquérito foi concluído após 11 anos de investigação. No processo composto por quatro mil páginas, o acusado é indiciado por tentativa de estupro, atentado violento ao pudor e homicídio triplamente qualificado. O crime foi elucidado após um trabalho conjunto do governo federal e dos governos estaduais do Paraná e de São Paulo na coleta e cruzamento de perfis genéticos de criminosos.
Segundo o inquérito, o exame psiquiátrico feito pela Polícia Científica revelou que Carlos Eduardo dos Santos tem transtorno de personalidade dissocial. Mesmo assim, ele pode responder pelos delitos que praticou.
Carlos tem uma extensa ficha criminal. Segundo investigação, o primeiro abuso sexual teria ocorrido em 1985. No total, seriam seis estupros contra crianças com idades entre 4 e 14 anos. Além disto, o suspeito teria praticado 17 crimes de estelionato e um roubo.
O assassinato de Rachel Genofre
Rachel Genofre foi encontrada morta dentro de uma mala, abandonada na Rodoviária de Curitiba, no dia 5 de novembro de 2008, dois dias depois do seu desaparecimento. Encontrado seminu e com vestígios de violência sexual, o cadáver foi localizado às 2h30, por um indígena que circulava pelo local, onde também estariam alguns pertences da menina. As câmeras de segurança instaladas no ponto não estavam funcionando no dia do crime.
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