O secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, afirmou que a atuação policial é uma consequência à onda de assaltos que tem tomado shoppings e supermercados de Curitiba. Para o secretário, embora haja uma sensação de impunidade, a população deve observar que a atuação policial está presente. Segundo ele, deve se ir além da atuação da polícia para entender o caso.
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“A atuação da polícia é consequência. A causa: nós temos que rever a nossa legislação, a cultura de impunidade, para que o nosso trabalho seja mais efetivo”, afirmou o secretário depois de uma reunião que reuniu membros da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e representantes de shoppings centers e operadoras de telefonia na própria secretaria.
Mesmo com ondas de assaltos, shoppings descartam o uso de seguranças armados
Leia a matéria completaNesta sexta-feira (07), justamente enquanto a cúpula das polícias civil e militar se reuniam com os lojistas para buscar soluções, um hipermercado foi assaltado na Avenida Paraná. Na ação, um assaltante morreu e três outros foram presos pela polícia.
De acordo com Mesquita, a Sesp não faz distinção entre as ações em shoppings ou hipermercados, apesar de entender que a sensação de insegurança é maior quando a onda de assaltos toma também os mercados. “Qualquer assalto preocupa. A mesma quadrilha que hoje assalta um shopping, é a mesma que assalta um shopping, uma feira. A questão de segurança acaba mudando, porque quem está no mercado está despreocupado com a segurança. Mas não adianta contratar mais dez mil policiais se as leis não mudarem”, argumentou.
Ações anunciadas pela Sesp
Após a reunião com os representantes de Shoppings, a Sesp anunciou que deve agir em quatro áreas para tentar inibir a ação dos bandidos. A primeira é aumentar a ronda ostensiva e preventiva da Polícia Militar, além de focar os trabalhos da Polícia Civil em buscar os indivíduos que recebem e revendem esses aparelhos. Na manhã desta sexta, um revendedor de celulares, acusado de revender os aparelhos roubados, foi preso pela Polícia Civil.
A Sesp busca também integrar as câmeras de segurança dos Shoppings e Centros Comerciais com o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) que fica na própria Sesp. “Hoje temos muitas informações descentralizadas. Precisamos centralizar para tornar mais ágil a atuação da polícia”, afirmou Mesquita. Além disso, a Sesp ainda informou que buscará integrar às informações prestadas nos boletins de ocorrência de celulares roubados o número do IMEI, uma espécie de número de série. Informando este número no boletim de ocorrência, o celular poderia ser bloqueado pelas operadoras e inutilizado. Mesquita afirmou que a Secretaria está em contato com as telefonias e com a Anatel para conseguir operacionalizar este tipo de atuação na tentativa de inutilizar aparelhos roubados.
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