A Justiça decidiu manter preso preventivamente o casal apontado como autor da morte do menino de 6 anos que desapareceu na manhã de sexta-feira (25) e foi encontrado no começo da tarde do mesmo dia no bairro Jardim Bonfim, em Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba (RMC).A casa em que o casal morava foi destruída na noite de sexta-feira, por moradores que se revoltaram com o que os dois fizeram
O casal, cuja mulher era babá da criaça, foi preso ainda durante o começo das investigações na busca pelo garoto. Horas depois, a mulher confessou o crime contando inclusive detalhes de como tudo aconteceu. O marido, segundo a suspeita da polícia, teve participação no assassinato.
Na decisão da juíza Liana de Oliveira Lueders, ficou destacada a gravidade e a violência empregada pelos dois suspeitos. “Conclui-se que a liberdade dos autuados constituirá ameaça à ordem pública, vez que a prisão, além de prevenir a reprodução de fatos criminosos, também visa acautelar o meio social, dada a periculosidade demonstrada diante da vítima, que, conforme já mencionado, não possuía qualquer possibilidade de defesa e teve ceifada sua vida de forma precoce e cruel”.
Aos policiais, a suspeita de 19 anos contou que na noite de quinta-feira (24) teve uma desavença com a irmã do menino por causa de uma assinatura de TV a cabo. Ela disse que isso a irritou e que tinha a intenção de matar a mãe do menino, mas o marido não concordou e disse que deveriam fazer alguma coisa contra os filhos dela.
Por volta das 7h de sexta-feira, a moça foi até a casa da vizinha, as duas teriam discutido novamente por causa da TV por assinatura e ela voltou para casa. Pouco tempo depois, Ana voltou à casa do menino, dizendo que lavaria roupas, mas era uma desculpa para atrair a criança.
Ela contou aos policiais que pediu para que o menino buscasse uma pipa na casa dela e, quando a criança chegou, o atacou com um tijolo. Para a polícia, o crime foi cometido por vingança. “Valeram-se de sua inocência, a seduziram com a oferta de uma pipa, a qual chegando à residência dos conduzidos foi surpreendida, sem qualquer possibilidade de defesa ou reação”, considerou o delegado no documento enviado à Justiça.
Com base nisso e também em todas as provas obtidas pela Polícia Civil, a juíza decidiu que o casal deve continuar preso. “Ressalte-se que a cidade de Almirante Tamandaré e toda a região ficou significativamente abalada, porquanto os fatos tiveram grande repercussão na imprensa dada a brutalidade do crime”, ponderou a juíza Liana de Oliveira Lueders.
A Polícia Civil ainda tem dez dias para a conclusão do inquérito, mas agora já não há mais prazo para que o casal seja solto. Eles foram transferidos, para evitar que a população invadisse a delegacia da cidade e fizesse justiça com as próprias mãos.
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