Represa do Passaúna em Curitiba.| Foto: Lineu Filho /Tribuna do Paraná
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Apesar de bater pela primeira vez em nove meses a marca de 50% da capacidade de armazenamento de água nas quatro barragens de Curitiba e região metropolitana, a chuva abaixo do esperado em fevereiro fez a Companhia Paranaense de Saneamento (Sanepar) emitir novo alerta em relação à estiagem que castiga o estado desde o fim de 2019. Além disso, a previsão é de que a chuva também fique abaixo da média histórica de março até abril. Dessa maneira, segue sem previsão o fim do rodízio no fornecimento de água.

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Nesta terça-feira (2), o nível dos reservatórios de Curitiba e região bateu em 51,2%. Desde maio de 2020 o nível das represas não chegava a 50%. Lembrando que quando o sistema alcançar 60%, a Sanepar poderá avaliar as condições para suspender o rodízio no fornecimento de 36 horas com água e 36 horas sem.

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Porém, o Paraná voltou a entrar no alerta amarelo da Sanepar. Apesar das precipitações de fevereiro, todo o estado registrou média de chuva abaixo do esperado mês passado, com exceção do Litoral. Medição do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) registra precipitação acumulada de apenas 772,4 milímetros em dez pontos diferentes de medição no estado. A quantidade de chuva é 44,5% menor do que a média histórica de fevereiro, de 1.734,9 milímetros.

Em Curitiba, a quantidade de chuva foi menor ainda. Enquanto a média histórica em fevereiro é de 147,9 milímetros, a capital teve apenas 78,2 milímetros no acumulado do mês passado.  Ou seja, apenas 52,8% do esperado.

Com tal quadro, a Sanepar volta a reforçar a necessidade do uso racional de água, dentro do plano de redução individual de 20% no consumo. Isso porque se o nível das barragens em Curitiba e região metropolitana cair para apenas 25%, imediatamente a Sanepar adotará um rodízio mais severo, de 48 horas sem abastecimento por apenas 24 horas com água.

“A participação da população paranaense no consumo racional de água é fundamental para podermos superar este momento difícil e recuperar os reservatórios da região de Curitiba”, pede o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.

Chuva boa até janeiro

A marca de 50% no nível das barragens de Curitiba e região foi alcançada em grande parte graças às chuvas de novembro a janeiro. Com 2.748,6 milímetros, o primeiro mês de 2021 registrou 151% a mais no acumulado do que em janeiro de 2020.

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De acordo com o Simepar, em janeiro o Paraná recebeu uma onda de umidade vinda do Norte do Brasil que intensificou as precipitações, o que vem perdendo força desde fevereiro. Além disso. há previsão de que o efeito climático La Niña também interfira reduzindo ainda mais a quantidade de precipitações.