A bebê Jenifer Eduarda, que nasceu durante o acidente que matou sua mãe, na quinta-feira (26) na BR-116, foi levada para a casa dos avós, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, na tarde de segunda-feira (30). A criança foi entregue aos familiares depois de receber alta no Hospital Regional de Pariquera-Açu, no Vale do Ribeira, interior de São Paulo, onde estava internada desde o nascimento. Conforme a equipe médica, a criança está saudável e recuperada dos pequenos arranhões que sofreu.
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A mãe da bebê, Ingrid Irene Ribeiro, que completaria 21 anos de idade segunda-feira foi velada no Cemitério Padre Pedro Fuss, em São José dos Pinhais, município onde ela morava com a família. O enterro da jovem que estava mercado para a tarde desta segunda-feira (30) foi adiado para esta terça-feira (31) e deve ser realizado no mesmo cemitério.
Ingrid deixou outras duas filhas, um menina de dois anos, que mora com a família do pai, e outra de três anos, que já mora com os avós maternos. Às 15 horas, a irmã de Ingrid, a auxiliar de qualidade Adriele Ribeiro, informava em rede social que a bebê Jenifer tinha recebido alta. Mais tarde, ela postou uma foto da criança já em casa. “Aqui está ela, o milagre da vida”, escreveu.
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O hospital informou que foi preciso seguir o procedimento legal para entregar a criança à avó materna. Havia necessidade de um documento de guarda, já que a mãe faleceu e não havia informações sobre o pai da bebê. O documento foi providenciado pelo Conselho Tutelar de Pariquera-Açu. Houve ainda uma despedida dos funcionários antes do bebê deixar o hospital. Nos quatro dias de internação, a pequena Jenifer cativou a todos da equipe médica e funcionários da UTI pediátrica.
Nascimento trágico
Ingrid viajava de carona num caminhão, quando o veículo capotou no km 527 da Régis, em Cajati. O motorista Jhonatas Ferreira, de 30 anos, sofreu ferimentos leves, mas a mulher, em fase final de gestação, foi lançada para fora da cabine e teve o corpo esmagado pela carga de madeira do veículo. A barriga e o útero se romperam, mas o bebê permaneceu vivo entre as vísceras da mãe, ligada a ela pelo cordão umbilical.
A família soube da morte de Ingrid depois de ver notícias sobre o acidente. De acordo com o pai, Iverson Ribeiro, a família não entende porque Ingrid decidiu viajar, pois a jovem não saía de casa sem avisar a mãe. Ouvido pela Polícia Civil, o motorista disse que a mulher o abordou num posto de combustível, em Curitiba, e pediu carona para São Paulo. Foi a primeira vez que ele viu a mulher.