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Com o tempo seco, quem olhar para o horizonte consegue enxergar a faixa de poluição | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Com o tempo seco, quem olhar para o horizonte consegue enxergar a faixa de poluição| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Um sistema de alta pressão criou uma espécie de bolha em torno do Paraná que impede o avanço das frentes frias que têm chegado ao país pelas fronteiras do Rio Grande do Sul. Por causa disso, Curitiba chega nesta quarta-feira (18) a um período de três semanas sem um único pingo de chuva e temperaturas dignas do verão. E esse cenário não deve mudar tão cedo — o que coloca especialistas em alerta por causa da baixa umidade relativa do ar.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não chove em Curitiba deste o dia 28 de junho exatamente por causa dessa bolha formada pelo sistema de alta pressão. Ele impede a aproximação dos sistemas que trazem chuva e frio, funcionando quase como uma barreira de calor em toda a região.

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“A gente pode dizer que é um bloqueio mesmo porque os sistemas frontais, que causam chuvas, continuam entrando normalmente no Brasil, só que não estão passando do Rio Grande do Sul. Por isso o Paraná, e praticamente todo o país, continua seco”, explica o meteorologista do Inmet Rogerio Rezende. Apenas para ter uma noção de como esse calor fora de época é atípico, há 43 anos, em 17 de julho de 1975, nevou sobre Curitiba — um evento que até hoje é lembrado na capital.

E, por enquanto, a expectativa é esse bolha seja rompida somente na semana que vem com a chegada de uma frente fria forte o bastante para avançar por esse bloqueio atmosférico.Caso a previsão não sofra grandes alterações, a instabilidade deve mudar os dias na capital a partir da próxima terça-feira (24). “Nesta sexta-feira, um novo sistema entra no Rio Grande do Sul, mas ele deve influenciar no máximo a região Oeste do Paraná, que pode ter alguma pancada”, avisa o meteorologista.

Alerta para a saúde

E enquanto a chuva não vem, permanece o alerta para a saúde. Embora a umidade relativa do ar em Curitiba esteja variando entre os 50% e 60% — ainda dentro de um padrão bom estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) —, já é possível sentir o impacto de tantos dias sem chuvas. Em situações como esta é mais comum ter que enfrentar problemas de saúde como asma, infecções, desidratação e alergias e, principalmente, sangramentos no nariz.

A principal recomendação para quem sofre com o problema é manter o nariz sempre muito bem hidratado. Uma das medidas recomendadas é o uso do spray nasal de soro fisiológico, que diminui o ressecamento da mucosa. Para diminuir estes e outros incômodos, vale ainda manter outros cuidados:

– Evite ficar muito tempo em ambientes com aquecedores sem umidificadores. Os aquecedores deixam o ar dos ambientes muito seco, favorecendo o ressecamento das mucosas nasais;

– Evite ficar exposto, por muito tempo, à temperaturas muito baixas;

– Evite, durante o inverno, se expor ao sol de forma prolongada. Associado a esforço físico, rinites, rinossinusites, facilita o sangramento nasal;

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