Um bombeiro salvou a vida do próprio filho de 4 anos após a criança ter caído em um poço de 13 metros de profundidade em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba. O acidente aconteceu no último dia 4 quando o soldado José Geovane de Assis estava em uma festa de família em uma chácara da região.
O incidente foi por volta das 20 horas, quando o menino brincava perto do poço sob a supervisão do cunhado do bombeiro. E, embora a estrutura estivesse fechada por uma tampa, o menino acabou caindo no buraco do mesmo jeito. “Meu filho estava brincando em cima, só que tem uma tampa de concreto. Meu cunhado tinha visão do poço e de repente não viu mais o menino. Ele viu a tampa aberta já imaginou que tinha caído”, relatou.
Com o alerta do cunhado, o soldado Geovane conta que saiu correndo de dentro da casa em direção ao local da queda. E, mesmo com a experiência em resgates na corporação, o soldado revelou que teve medo de não conseguir salvar a criança. “Tenho um preparo para lidar com isso, mas posso comprovar que, por ele ser meu filho, é muito diferente o sentimento. Você sente uma aflição de não conseguir fazer o resgate”.
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Mesmo assim, o bombeiro diz que não pensou duas vezes antes de pular dentro do poço, mesmo sem conseguir ver nada em seu interior — e ele reconhece que a atitude poderia ter causado outra tragédia. “A atitude foi arriscada. Os Bombeiros recomendam que nunca se pule dentro de um buraco desconhecido, que não tenha visibilidade, mas foi a reação de um pai tentando salvar seu filho. Se não tivesse água lá embaixo, hoje poderiam ser duas vítimas”, comentou.
Uma vez dentro do poço, o bombeiro usou seu treinamento e sua experiência para salvar o filho e a ele próprio. “Peguei nas pernas dele e fiquei com ele mantendo a flutuação. Demorou uns 10 minutos para jogarem uma corda. Fiz uma cadeirinha com ela para puxar ele para cima. Depois consegui fazer vários nós na corda e subi por eles”, relembra o soldado.
Para ele, o final feliz da situação que viveu teve ajuda da sorte e de uma intervenção divina. “Posso dizer que foi por Deus, porque grande parte do atendimento não dependeu de mim. Ele poderia ter batido a cabeça, morrido na queda, então tudo ocorreu para que nenhum de nós se machucasse”. Segundo Geovane, seu filho não teve problema com afogamento dentro do poço, que tinha cerca de 4 metros de água, e sofreu apenas um corte na cabeça devido à queda, em que levou dois pontos.
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