Curitiba vai abrir mais 38 vagas de UTI na tentativa aliviar a superlotação no sistema de saúde com mais um avanço da transmissão de Covid-19. Desde 26 de maio o sistema público de saúde da capital opera com colapso nos leitos intensivos do SUS exclusivos para pacientes com coronavírus. No boletim epidemiológico de quinta-feira (10), a ocupação das UTIs era de 102%.
As novas UTIs serão abertas com 38 aparelhos respiradores adquiridos pela prefeitura e mais 46 monitores enviados pelo Ministério da Saúde, conforme informa o prefeito Rafael Greca (DEM) em postagem no Facebook. Quatro desses novos leitos intensivos já estão recebendo pacientes no Hospital Evangélico Mackenzie. As outras 34 vagas serão distribuídas para o Hospital do Idoso e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Tatuquara, Fazendinha e Boqueirão. "Curitiba precisa de todos para frear a pandemia. Mantenham todas as cautelas sanitárias contra a Covid-19: usem a máscara, higienizem as mãos, façam o distanciamento social", apelou o prefeito na postagem em que anunciou os novos leitos.
Desde o fim de maio, todas as 13 UPAs da cidade atendem somente casos graves de Covid-19. Todas as outras enfermidades são encaminhadas para as unidades básicas de saúde. Os três prontos-socorros públicos da capital - Trabalhador, Evangélico Mackenzie e Cajuru - também estão atendendo apenas casos graves de todas as enfermidades desde a mesma data.
Quinta-feira, um dia após Curitiba sair da bandeira vermelha que foi decretada justamente para aliviar a pressão nos hospitais, três prontos-socorros particulares anunciaram que também só poderão atender pacientes em estado grave de qualquer enfermidade. Estão com os leitos intensivos superlotados nesta sexta-feira (11) na rede privada os hospitais Pilar, Nossa Senhora das Graças e Marcelino Champagnat.