O Instituto Democracia e Liberdade (IDL) divulgou uma nota na qual repudia a invasão da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba, no último sábado (5), por um grupo liderado pelo vereador Renato Freitas (PT). De acordo com o petista, o ato foi organizado como protesto contra o racismo em razão do assassinato de Moïse Mugenyi.
Na nota, a entidade, formada por empresários e profissionais em defesa da democracia, disse entender que “protestos dessa espécie são compreensíveis e tolerados pela sociedade brasileira”. Mas, reforça o texto, “seus organizadores devem tomar todos os cuidados para que a manifestação não extravase e provoque efeitos colaterais imprevisíveis e inaceitáveis”.
A nota segue afirmando que uma manifestação “minimamente organizada deve ter uma razão para ser realizada, local e horário previamente definidos e garantia de acompanhamento das forças de segurança para evitar, como ocorreu nesse ato, ataque a um culto religioso”. Na sequência, o texto divulgado pelo IDL afirma que os “organizadores de atos e manifestações devem responder civil e criminalmente pelos efeitos de atos improvisados, com objetivos inconfessáveis, na maioria das vezes produzidos para alavancar ou sustentar carreiras políticas”.
Por fim, a nota pede para que a manifestação liderada por Renato Freitas seja alvo de investigações da Câmara Municipal de Curitiba, pela Guarda Municipal de Curitiba e pelas polícia Civil e Militar. “Manifestantes profanaram um culto religioso, ao invadirem a igreja com dezenas de manifestantes gritando palavras de ordem, promovendo a desordem. É preciso punição exemplar, para que coisas do tipo não se reproduzam nesse ano de eleições federais acirradas e polarizadas por grupos extremistas”, conclui o texto, assinado pelo presidente do IDL, Edson José Ramon.