O Comitê de Enfrentamento da Pandemia da prefeitura está em reunião desde as 15h desta terça-feira (8) para definir se Curitiba vai flexibilizar as medidas sanitária de prevenção da Covid-19 trocando a bandeira vermelha pela laranja. Entre as flexibilizações caso a bandeira mude, está o fim do lockdown, em vigência desde que o decreto foi publicado no dia 28 de maio. Após a reunião do comitê, a previsão é de que a prefeitura anuncie se Curitiba permanecerá ou não na bandeira vermelha.
O relatório com os dados a serem analisados na reunião foram fechados no fim da manhã desta terça. O principal ponto que indica a flexibilização é a queda da Taxa R, que mede a transmissão do coronavírus. Quando entrou em vigor a bandeira vermelha, a taxa era de 1,12, ou seja, um grupo de 100 pessoas contaminados poderia transmitir a Covid-19 a outras 112 pessoas. Nesta terça, a Taxa R está em 0,88, o que aponta que 100 pessoas infectadas podem transmitir a doença a outras 88 pessoas. "O que percebemos é que a transmissão caiu de uma forma lenta e estabilizou, mas ainda com números muito altos", aponta o médico Alcides Oliveira, diretor do Centro de Epidemiologia de Curitiba.
O número de casos ativos, pessoas que podem transmitir o vírus, por exemplo, está praticamente estabilizado, mas em um patamar ainda muito alto. No primeiro dia de vigência da bandeira vermelha, eram 9.967 casos ativos. Nove dias depois, os casos ativos são de 10.018 pessoas, segundo o boletim epidemiológico de segunda-feira (7).
A ocupação de leitos também segue alta, com queda somente nas vagas de enfermaria. A ocupação de UTIs em 28 de maio era de 106%, com o sistema de saúde já colapsado. Agora o quadro pouco mudou. Segue colapsado com ocupação de 102%, confome dados de segunda-feira. Já a ocupação das vagas de enfermaria caíram de 99% em 28 de maio para 87% segunda-feira. Porém, vale lembrar que a ocupação de leitos, especialmente os de UTI, é o último índice a cair após adoção de lockdown, já que há de levar em conta os pacientes que estão entrando agora e nos próximos dias no sistema de saúde, bem como a cura, além das mortes, dos pacientes já internados neste momento.