A Polícia Civil prendeu três dos nove suspeitos de picharem na madrugada do dia 18 de junho o Bondinho do calçadão da Rua XV de Novembro, tradicional cartão postal do Centro de Curitiba. As prisões foram na manhã desta segunda-feira (8) por policiais do 1.° Distrito Policial em parceria com a Guarda Municipal (GM) de Curitiba. Na casa de um deles, foram encontrados 30 sprays de tinta e máscaras.
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O trio foi identificado pelo serviço de inteligência da GM a partir de imagens de câmeras e fotos nas redes sociais. O diretor da Guarda Municipal Odgar Nunes Cardoso, explica que no mesmo dia da pichação foram coletadas imagens de quatro câmeras da prefeitura no calçadão da XV. Com estas imagens, o serviço de inteligência bateu as imagens com o banco de dados de pichadores da própria GM e com imagens postadas pelos pichadores no Facebook.
"Esses grupos de pichadores têm padrões de imagens. Primeiro confirmamos que o estilo da pichação do bondinho era o mesmo de um dos nossos cadastros. Depois, verificamos que as informações também batiam com as imagens postadas nas mídias sociais". explica o diretor. Esse relatório foi entregue à Polícia Civil, que chegou até os suspeitos.
Cada um dos três presos foi multado pela prefeitura de Curitiba em R$ 10 mil e vão responder na Justiça pelo crime de danos qualificados ao patrimônio.
As detenções foram feitas após pedido veemente do prefeito Rafael Greca (DEM) para que houvesse rigor total na busca dos suspeitos.
A pichação foi feita dois dias após ação de despichação dos prédios da Rua XV de Novembro organizada pela Associação Comercial do Paraná (ACP). Para o prefeito, o ato de vandalismo foi justamente contra a ação de limpeza na rua.
Apesar da tinta espessa da pichação, a limpeza do Bondinho começou a ser feita no mesmo dia. A retirada foi facilitada pelo fato de o Bondinho ter recebido uma tinta com resina antipichação aplicada na reforma cartão postal em novembro de 2018.