Entrou em operação nesta terça-feira (14) a transposição de água da Barragem do Rio Verde, em Campo Largo, para a Barragem do Passaúna, em Curitiba, uma das quatro represas que abastecem a capital e Região Metropolitana (RMC). A transposição é uma das medidas da Companhia Paranaense de Saneamento (Sanepar) para reforçar o abastecimento na crise hídrica, que desde março de 2020 obriga Curitiba e RMC a ter racionamento de água. Atualmente, o rodízio nos bairros é de 36 horas com abastecimento por 36 horas sem.
Serão 200 litros de água por segundo levados ao Rio Passaúna, volume suficiente para abastecer 75 mil pessoas. A obra com 2,45 km de dutos começou em agosto de 2020 e era para ter sido concluída em agosto. A transposição é resultado de um acordo da Sanepar com a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) da Petrobras, dona da Barragem do Rio Verde.
Com a transposição de água do Rio Verde e dependendo do volume de chuva, a Sanepar vai avaliar até o fim de setembro se alivia o rodízio atual, que retornou em 11 de agosto. Se o volume das quatro represas voltar a 60%, a companhia pode voltar ao racionamento mais ameno, de 48 horas com água por 24 horas sem. O volume do sistema está em 50,04% nesta terça-feira.
A Sanepar estima concluir a construção a Barragem do Miringuava, em São José dos Pinhais, em 2022. Será a quinta represa do sistema. Além disso, a companhia já contratou estudo para instalação de uma sexta represa em 2030 nas bacias dos rios Faxinal, Mauricio e Despique entre os municípios de Fazenda Rio Grande, Mandirituba e Araucária.