O secretário estadual de Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, encaminhou à Polícia Civil um expediente formal para que a invasão da Igreja Nossa Senhora do Rosário, liderada pelo vereador Renato Freitas (PT), seja investigada pela Polícia Civil. Em nota, divulgada pela assessoria do secretário, Leprevost afirma ter identificado crime na ação que se seguiu à manifestação organizada como protesto contra o racismo em razão do assassinato do congolês Moïse Mugenyi no Rio de Janeiro.
Leprevost contou, na nota, que foi procurado por pessoas da comunidade relatando a invasão do templo, no último sábado (5). “Extremistas de esquerda invadiram a igreja. Interromperam a missa, assustaram as velhinhas que rezavam, hastearam a bandeira do Partido Comunista, calaram o padre, subiram no altar e fizeram discursos políticos, inclusive contra a própria Igreja Católica. Isto é um absurdo, fere gravemente a Constituição Federal”, apontou.
“A meu ver”, afirmou o secretário, “o que aconteceu na Igreja do Rosário é crime previsto no Código Penal Brasileiro: ‘Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso’. Neste final de semana atacaram a igreja Católica. Mas os evangélicos, os judeus, os muçulmanos, os Kardecistas e as pessoas que praticam religiões de matriz africana também já foram vítimas de extremistas ideológicos, de direita ou de esquerda, no passado próximo e distante. Intolerância religiosa é inaceitável, não pode ficar impune”.
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