Um grupo de 35 pessoas e dois cachorros do Paraná receberam, nesta segunda-feira (1), medalhas de mérito por seus trabalhos na tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais. Os homenageados são bombeiros, policiais do estado e cães que auxiliaram nas operações de busca e salvamento após o rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em 25 de janeiro deste ano.
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Todos os homenageados participaram das ações localmente em Brumadinho, revezando-se ao longo de 33 dias. As medalhas entregues pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) têm formato de cruz de malta com o brasão do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) o que significa a valorização da vitória, da generosidade e do vencimento sem sangue.
Entre as principais ações das tropas paranaenses estiveram as buscas por vítimas em meio à lama . Para isso, foram usados helicópteros pilotados por quatro integrantes do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), homenageados nesta segunda. Ao todo, as equipes paranaenses trabalharam em 82 missões de voo e 100 pessoas foram transportadas na aeronave.
Já em terra, o trabalho de busca foi feito por 28 bombeiros do Gost, que muitas vezes tiveram de mergulhar na lama para conseguir encontrar as vítimas. Além disso, as buscas terrestres também tiveram o auxílio de dois cães do Gost, Thor e Brida. Os dois são das raças Pastor Alemão e Golden Retriever, e foram enviados para buscar vítimas na lama usando o faro. De acordo com o Coronel Samuel Prestes, do Corpo de Bombeiros, os animais foram essenciais para a rapidez nos resgates, e por isso também ganharam medalhas de reconhecimento.
Protocolo da Interpol para identificar vítimas
Outra das tarefas essenciais executada pelos paranaenses em Brumadinho foi a identificação das vítimas — trabalho feito pela perita da Polícia Científica Patrícia Doubas Cancelier, também homenageada. De acordo com Cancelier, foi de grande ajuda sua experiência com os métodos de identificação de corpos utilizados pela equipe do Paraná, que seguem o protocolo da Interpol, a Organização Internacional de Polícia Criminal. “Tudo o que encontramos não foi surpresa porque sabíamos exatamente o que fazer e como contribuir com as equipes locais. Essa integração foi fundamental”, afirmou a especialista.
Além disso, a perita explica que o protocolo ajudou a dar agilidade na emissão de laudos sobre o local e de identificação das vítimas, o que trouxe mais tranquilidade às famílias atingidas. Toda a ação dos paranaenses teve ajuda da Defesa Civil na coordenação, e inclusive dois capitães do órgão também estiveram entre os homenageados desta segunda.
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