Raika põe a pata sobre o corpo do companheiro Skiper: dupla treinava junto no canil da Polícia Militar em Curitiba.| Foto: Foto: Divulgação Bope.

Skiper, um dos cães do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar (PM) faleceu sábado (29) , aos dois anos de idade, em Curitiba. E a foto do adeus do cachorro, que estava em fase final de treinamento com seu instrutor, o soldado Felipe Oliveira, chamou a atenção nas mídias sociais. Na imagem, a cadela Raika, companheira de treinamento no canil da PM, aparece com a pata em cima do corpo de Skiper, como que se despedindo, durante o velório em um crematório de animais em Colombo, região metropolitana de Curitiba.

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“Os dois cães e seus condutores treinavam nos mesmos horários, eles sempre se viam. Quando ela entrou na sala e viu Skiper, foi direto até ele. Ninguém pediu para ela fazer aquilo, ninguém consegue explicar”, conta o tenente Marcelo Henrique Hoiser, sub-comandante da Companhia de Operações com Cães do Bope.

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Skiper era um pastor belga malinois, assim como Raika, raça bastante utilizada pela PM em operações policiais. Chegou ao Bope com dois meses e estava finalizando o treinamento com seu condutor. “Ele estava indo muito bem, tinha o perfil, instintos e impulsos que buscamos. Ele ajudaria nas operações de busca de armas e drogas e também de captura de pessoas”, comenta o tenente.

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Skiper estava finalizando o treinamento para começar a atuar nas ruas com o soldado Felipe Oliveira .  

Em sua página no Facebook, o comando do Bope postou o luto por Skiper. “Hoje pudemos testemunhar o quão forte é o vínculo ‘homem-cão’ que permeia nossa atividade. Foi possível ver no semblante de militares que raramente sucumbem à emoção, uma tristeza parecida com a de ter perdido um companheiro de serviço”, declara o comando do batalhão na postagem.

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Doença repentina

Os resultados que vão apontar os motivos do falecimento de Skiper ainda não sairam. Entretanto, os oficiais do canil da PM acreditam que ele tenha sido vítima de câncer. “Essa raça é considerada muito robusta. Eles não costumam demonstrar dor. Segunda-feira notamos que ele estava um pouco abatido e ele foi encaminhado para o Hospital Universitário da UFPR, mas infelizmente faleceu poucos dias depois”, explica.