Cães também são alvo de ladrões; saiba como proteger seu bichinho

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Com valores que variam de R$ 800 até R$ 10 mil, cães de pequeno porte também se tornaram alvo de ladrões e os donos devem tomar cuidado. Um caso recente que chamou a atenção nas redes sociais foi o de um Yorshire Terrier apreendido pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), em Curitiba. O cachorrinho de raça havia sumido de sua residência no município de Colombo e foi encontrado com uma quadrilha suspeita de realizar diversos crimes patrimoniais em Curitiba e Região Metropolitana.

Confira: quanto custa um cachorro de raça?

De acordo com o delegado Matheus Laiola, que responde pela especializada, outros casos de animais de estimação roubados já foram atendidos pela equipe de investigação e a maioria deles segue o mesmo perfil. “Os criminosos entram na residência para roubar os pertences e, ao perceber que ali está um animal de alto valor econômico, acabam levando ele também”, explicou.

Ao ser vítima de uma situação como essa, a orientação é procurar a DFR, localizada na Avenida Presidente Affonso Camargo, n. 2239, no Jardim Botânico, e registrar o boletim de ocorrência. Para isso, é importante apresentar o maior número de informações, fotos e vídeos. “O ideal é que as imagens estejam salvas em pendrive para que possamos publicar em nossas páginas nas redes sociais e aumentar a chance de o cão ser encontrado”.

A administradora Soraya Simon, presidente da Sociedade Protetora dos Animais (SPAC), aconselha os proprietários a microchipar seus animais de estimação. O chip utilizado possui tamanho de um grão de arroz e é implantado sob a pele do animal para rastreá-lo. Além disso, é indolor e garante tranquilidade ao dono, que pode encontrar o cão ou gato em casos de perda ou roubo.

O valor médio para a implantação do microcircuito eletrônico é de R$ 100 e o serviço pode ser realizado em clínicas veterinárias. Depois do procedimento, o responsável deve entrar no site da Rede de Proteção Animal (www.protecaoanimal.curitiba.pr.gov.br), da prefeitura de Curitiba, e cadastrar o número do chip.

Além da microchipagem, outra orientação da Sociedade Protetora dos Animais é a castração para que, em caso de caírem nas mãos erradas, o cachorrinho não seja utilizado para procriação em locais clandestinos que exploram o comércio de cães de raça. “Sem contar que você evita crias indesejadas e riscos à saúde”, completa Soraya, que atende a população pelo e-mail institucional@spacuritiba.org.br ou pessoalmente na Estrada Nova de Colombo, 5504 – Santa Cândida.

Animal encontrado

Assim que algum animal com as características das fotos for apreendido, os donos serão chamados. Mas não basta chegar à delegacia e dizer “é meu”. Para levar o bichinho para casa, a família precisa comprovar o que está falando. “Nós comparamos as imagens, ligamos para o pet shop em que o cão costumava ser atendido para verificar se os funcionários conheciam a família e vemos como o cão vai recepcionar o possível dono durante o encontro, fato que não deixou dúvidas esta semana no caso do Yorkshire”, comentou o delegado.

O eletromecânimo Josimar Silva, 34, acompanhou emocionado o reencontro entre seu filho de 11 anos e o cachorrinho carinhosamente chamado de Thor. “Quando a polícia chegou com o bichinho, meu menino já começou a chorar de alegria”, lembrou. De acordo com o pai, o garoto havia recebido o cãozinho de presente da tia no mês de janeiro e não desgrudava do novo companheiro. “Agora ele está muito feliz e nós dividimos esse sentimento com ele”.

Castração gratuita

Vale ressaltar que as cirurgias de castração são oferecidas gratuitamente pela Rede de Proteção Animal e, no fim deste mês, atenderão cerca de 2 mil animais na Cidade Industrial de Curitiba e no bairro Boa Vista. A ação segue até setembro e, após esse período, seguirá para os bairros Pinheirinho e Cajuru.

As inscrições para os interessados em ter cães e gatos castrados ainda estão abertas e o cadastro deve ser preenchido no site da Rede de Proteção Animal. A prioridade é para os cidadãos beneficiados por programas sociais como o Armazém da Família e Bolsa Família. Os animais devem ser de Curitiba, com idades entre cinco meses e oito anos.