O caminhão que carregava 13 toneladas de dinamites que tombou quinta-feira (10) na BR-376 , em Guaratuba, no litoral do Paraná, trafegava com o disco do tacógrafo vencido, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal do Paraná (PRF-PR). O aparelho é uma espécie de caixa-preta de caminhões e serve para reter dados a respeito de percurso, velocidade e tempo de trajeto percorrido. O motorista foi autuado pela infração grave e, além dos cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), terá que pagar R$ 195,23 de multa.
Segundo a PRF-PR, o condutor alegou depois do acidente que ficou sem freios na descida da serra que liga Curitiba ao litoral de Santa Catarina. No entanto, para os policiais rodoviários federais, a causa deve ter sido a combinação de excesso de velocidade com pista molhada e forte neblina. O motorista fazia o trajeto São Paulo-Urussanga (SC).
De acordo com o relatório Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e Seus Acessórios, do Exército Brasileiro, que fiscaliza a produção, comércio e transporte de cargas explosivas, antes do início do deslocamento “as viaturas destinadas ao transporte de explosivos e de acessórios iniciadores devem ser vistoriadas pela empresa responsável pelo transporte, a fim de verificar se os seus circuitos elétricos, freios, tanques de combustível, carroceria e extintores de incêndio apresentam condições satisfatórias de segurança”.
Na manhã desta sexta-feira (11), a faixa da esquerda seguia interditada, as outras duas estavam livres e não havia congestionamentos. Equipes da PRF e da concessionária Autopista Litoral Sul, que administra o trecho, acompanham o transbordo da carga.
Acidente
Por volta das 17 horas desta quinta-feira (10), o veículo carregado de explosivos tombou no km 666, no município de Guaratuba, o que fez com que a PRF fechasse a estrada a partir do posto da PRF na serra, no km 662. Por volta das 19h30, a pista foi liberada. A Autopista Litoral Sul chegou a registrar 12 quilômetros de congestionamento. Não houve vítimas.
Para lidar com a carga de explosivos, a PRF acionou a Defesa Civil e o Exército. Os dois órgãos foram ao local para avaliar o risco da carga espalhada pela pista. O material foi recolhido pelos militares e nenhum incidente com os explosivos foi registrado.