A massinha usada nas maquiagens que simulam ferimentos é a grande sensação do carnaval de Curitiba. A procura pelo produto é alta na cidade, principalmente por quem pretende se fantasiar de morto-vivo durante a Zombie Walk, no próximo domingo (11). A expectativa é que 20 mil zumbis se encontrem na Praça Osório para seguir até a Praça Nossa Senhora de Salete para acompanhar os shows de rock. E, por causa disso, a busca por apetrechos para fantasias disparou.
De acordo com a vendedora de uma loja de fantasias, Laís Anachewski, a tal massinha é o item mais procurado pelos foliões em Curitiba — à frente de fantasias de heróis, máscaras, óculos e outros acessórios já considerados clássicos.
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“Essa semana está muito boa. Saias de luau, tiara de unicórnio e super-heróis vendem bem. Mas o kit de zumbi é o campeão de venda. Composto com a massinha, queimadura e o sangue, é o que mais vende”, revela Laís. Cicatrizes e tatuagens falsas também estão saindo muito bem, afirma.
E as opções são bem variadas. Quem quiser se fantasiar de zumbi pode encontrar a maquiagem sendo vendida separadamente ou em kits com itens como sangue artificial, queimadura e diferentes batons — tudo para garantir mais realismo no visual. Os preços variam dependendo das lojas, indo de R$ 25 a R$ 35.
Megaprodução
Um dos interessados na massa para a Zombie Walk foi Miguel Lellis. O jovem de 18 anos já foi nos eventos dos anos anteriores, mas, em 2018, decidiu investir na maquiagem para aproveitar o carnaval junto com os amigos. “Eu fui em outros anos, mas nunca fantasiado. Esse ano decidi fazer uma maquiagem para participar mais do evento. Vou fazer os dentes expostos, usando um látex para fazer a pele”, disse ele, animado.
Os figurinos são uma das marcas do Zombie Walk. Docca Soares, um dos organizadores do evento, fica contente em ver tudo que gira ao redor do evento de zumbis. Empolgado com o crescimento que o encontro teve nos últimos anos, ele já recebeu até mensagens de vendedores. “É bom saber que estão sendo vendidos porque movimenta o comércio. Ano passado, um comerciante escreveu na página do evento ‘Por favor, não cancelem as Zombies porque é a época que eu mais vendo’. É bem legal isso”, avaliou.
Sobre as fantasias, é uma questão de inspiração de pessoa em pessoa. Afinal, não é todo mundo que investe dinheiro e tempo para montar um figurino. No final das contas, o marcante é a diversão entre as pessoas.
“Vale tudo, a criatividade é que conta. Tem pessoas que fazem uma superprodução e aqueles que vão só com um sanguinho mesmo. A pessoa pode pegar uma roupa bem velha e jogar um sangue falso nela. A produção pode ser muito barata, mas tem gente que trabalha com silicone, borracha moldável e aí fica mais caro”, conta Soares.
Cuidados
Quem for usar a massa para se transformar em morto-vivo. É preciso evitar que a massinha seja aplicada nos olhos, dentro dos ouvidos ou em algum ferimento exposto. Além disso, é contraindicada a sua ingestão, assim como o contato com tecidos, já que há possibilidade de manchar. A duração média da maquiagem é de três horas, mas depende de condições climáticas e da conservação de quem está usando – o suor, por exemplo, pode atrapalhar.
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