Policiais civis deram início aos protestos contra o governo Ratinho Jr (PSD) em Curitiba na tarde desta segunda-feira (24), no movimento que deve integrar mais servidores públicos do estado na greve geral do estado desta terça-feira (25).
RECEBA notícias de Curitiba e região em seu WhatsApp
Em cerca de 50 viaturas com sirenes ligadas, integrantes da Polícia Civil partiram em carreata no início da tarde do Parque Barigui até o Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, no Centro Cívico, onde chegaram às 14h. Muitas viaturas levam colados cartazes que mostram o valor gasto em manutenção com a JMK, cujos diretores foram presos suspeitos de fraudar o serviço de manutenção da frota de veículos de dezenas de órgãos do governo do Paraná.
Além da carreata desta segunda, as delegacias vão funcionar apenas metade do expedientes nesta terça, com atendimento público apenas de tarde, dentro do protesto.
A manifestação dos policiais é o pontapé inicial da série de manifestações dos servidores estaduais. Na terça-feira (25), diversos sindicatos de servidores estaduais estão mobilizados para greve geral – às 9h haverá ato na Praça Nossa Senhora de Salete, em frente à sede do governo estadual.
Entre as classes que confirmaram apoio à greve estão os professores da rede estadual e universitários e agentes penitenciários. Entidades de classes tanto da Polícia Civil quanto da Polícia Militar (PM) também participarão do protesto.
Segundo o Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), foram convocados para os atos policiais civis de Curitiba e região metropolitana. As viaturas que formam a carreata desta quarta são as consideradas sucateadas. Algumas estão sendo carregadas por guinchos.
"A data-base para gente é o de menos. Queremos condicões de trabalho, o mínimo de respeito. Quereremos viaturas para trabalhar. Tem veículo aqui com R$ 111 mil de manutenção nesses quatro anos, que é três vezes o valor do carro", afirma Kamil Salmem, presidente do Sinclapol.
O sindicato ressalta que a carreata é uma espécie de "entrega simbólica" das viaturas ao governador Ratinho Jr. Os policiais aguardam um encontro para discutir a reposição inflacionária salarial, congelada há quatro anos.
Os policias civis afirmam que a manifestação desta segunda e de terça não vão prejudicar os serviços policiais da região, nem nas ruas nem nas delegacias, já que devem ter curta duração.