Um casal perdeu um jantar com amigos na noite de quinta-feira (20) por um motivo inusitado: ficou três horas preso na agência da Caixa Econômica Federal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
A situação ocorreu por volta de 19h, após uma porta de metal descer automaticamente enquanto o executivo de vendas Claudinei Correia da Rocha e a esposa Lucineia Correia da Rocha usavam o caixa eletrônico. Os dois só conseguiram sair da agência às 22h, após a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a empresa de vigilância responsável pela segurança da agência afirmarem ao casal que não poderiam ajudar. Os dois só saíram quando uma divisória de vidro foi quebrada para liberar o acesso, já que a empresa responsável pela porta de metal não conseguiu abri-la.
“Estávamos usando o caixa eletrônico quando eu comecei a perceber que estava tudo escurecendo. Vi a porta fechando e tentei segurá-la, mas não deu, relata Claudinei. Segundo o executivo de vendas, não havia nenhum segurança ou placa indicando algum telefone para situações de emergência. Por isso, os dois decidiram ligar para a Polícia Militar, que não pôde atender por não se tratar de uma ação criminosa.
Em seguida, Claudinei e Lucineia tentaram ligar para o Corpo de Bombeiros, que também não pôde enviar uma equipe para auxiliar. “Mas pelo menos os Bombeiros conseguiram encontrar a empresa de segurança responsável pela agência e nos passaram o telefone”, conta Claudinei. O funcionário da empresa de segurança porém, não conseguiu destravar a porta com os mecanismos que tinha, sendo necessário chamar a empresa responsável pelas porta.
Mesmo assim, não foi possível abrir a porta de metal. Por isso, a solução foi quebrar uma divisória de vidro com uma marreta e arrombar uma porta interna até chegar aos enclausurados. “Eu até pensei em quebrar alguma outra porta antes, mas poderiam pensar que se tratava de um assalto”, esclarece.
Durante o período em que estiveram trancados, Claudinei afirma ter sido alvo de chacotas de pessoas que passavam em frente ao local. Isso porque a porta era pantográfica e a luz continuava acesa, denunciando a presença dos dois.
“Algumas pessoas tiraram sarro, falavam brincando que a gente estava assaltando o banco. Foi humilhante”, lembra. O casal chegou a perder um jantar com amigos por causa da situação, além de terem ficado com fome e vontade de ir ao banheiro. “Eu tinha acabado de sair do trabalho, estava cansado, não tinha nem comido nem tomado banho”, diz o executivo.
A situação foi resolvida às 22h, quando os familiares de Lucineia e Claudinei já estavam do lado de fora da agência, esperando a saída dos dois. Durante o período em que estavam presos, porém, Claudinei descreve ter se sentido abandonado, já que nenhuma autoridade pôde ajudar: “Foram momentos de agonia, a gente não sabia como poderia resolver”.
Sem auxílio
Por meio de nota, a Caixa Econômica Federal lamentou o fato e disse que a ocorrência foi identificada e a equipe de monitoramento acionou empresa terceirizada para solucionar o problema técnico que ocorreu na porta da agência. Segundo a instituição, ela também já entrou em contato os clientes para tratar do ocorrido e “ressalta que prioriza a estrita observância a todas as normas de segurança com o intuito de proteger seus clientes e empregados”.
Lucineia e Claudinei, porém, pretendem entrar em contato com um advogado para verificar as medidas judiciais cabíveis para a situação. “Foi humilhante. É um absurdo que não tenha um botão de pânico funcionando dentro da agência ou pelo menos o telefone da empresa de segurança disponível para emergências”, observa o homem.
Colaborou: Cecília Tümler
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