Presa desde 1.° de novembro de 2018, por envolvimento na morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, Cristiana Brittes deixou a prisão na noite desta quinta-feira (12). A decisão é da juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1.ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, que revogou a prisão nesta quinta. Ela deixou o presídio por volta das 19h30.
Cristiana, esposa do réu confesso Edison Brittes Jr., estava presa na Penitenciária Feminina do Paraná (PEP), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, há dez meses.
Algumas medidas, porém, foram tomadas para que a decisão de revogação de prisão fosse dada. Cristiana terá que usar tornozeleira eletrônica e não poderá sair de casa à noite, finais de semana e feriados. Ela terá que cumprir tais restrições durante 90 dias e caso não haja renovação, a ré responderá em liberdade sem as restrições.
Cristiana responde por homicídio qualificado por motivo torpe, coação de testemunhas, fraude processual e corrupção de adolescente.
Além dela, a filha Allana Brittes deixou a prisão em agosto deste ano após pedido de habeas corpus. Além da família Brittes, outras quatros pessoas são réus no processo: David Willian da Silva, Ygor King, Eduardo Henrique da Silva e Evelyn Brisola.
Por meio de nota, o advogado Cláudio Dalledone Jr., que defende a família Brittes, reafirmou que Cristiana também é vítima do episódio e não deveria estar presa.
Já a defesa da família do jogador Daniel, também por meio de nota, representada pelo advogado Nilton Ribeiro, disse que a decisão não causou surpresa e que o fato da ré ter sido solta não diminuiu a intensidade do fato.
O caso
O corpo do jogador Daniel foi encontrado na manhã do dia 27 de outubro de 2018 em um matagal de São José de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC). A vítima teve o pescoço quase degolado e o órgão sexual decepado.
Antes de ser assassinado, o atleta havia passado a noite na festa de 18 anos de Allana. Depois da comemoração em uma casa noturna no bairro Batel, em Curitiba, o jogador acompanhou a família e outros amigos da jovem para uma outra festa na casa da família Brittes, onde foi espancado e, depois, levado para um matagal em São José dos Pinhais.
Edison Brittes Jr. admitiu ter matado o jogador após supostamente tê-lo flagrado tentando estuprar sua esposa, tese que foi descartada pela investigação. Contra Allana pesam as investigações de ter enviado mensagens a duas testemunhas com o intuito de combinar detalhes do caso que seriam dados à polícia. O encontro ocorreu em um shopping no dia seguinte à morte do atleta.
Além da família Brittes, são réus também no processo David Willian da Silva, por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente; Ygor King (homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente); Eduardo Henrique da Silva (homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente); e Evelyn Brisola, que responde em liberdade por denunciação caluniosa, fraude processual e corrupção de adolescente.
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