O caso do assassinato da menina Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, em 2013, voltou à tona nesta sexta-feira (16). O ex-delegado Silvan Rodney Pereira, que comandou as investigações iniciais, foi condenado pela Justiça a nove anos e quatro meses de prisão por torturar os suspeitos do crime. O advogado Claudio Dalledone, que representa o ex-policial, vai recorrer no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
A condenação do ex-delegado, agora está aposentado, foi confirmada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - força-tarefa formada pelo Ministério Público e polícias Civil e Militar A decisão da 1º Vara de Colombol é em primeiro grau, ou seja, cabem recursos. Por isso, Pereira não foi preso e vai responder em liberdade.
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Pereira foi condenado por torturar os homens que foram suspeitos da morte da adolescente. Então lotado da Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), ele comandou a ação policial que prendeu quatro homens, suspeitos de terem estuprado e matado Tayná. O corpo da menina foi encontrada num poço, três dias depois da prisão dos quatro, em um terreno baldio em frente a um parque de diversões em que os suspeitos trabalhavam.
Os quatro suspeitos primeiro confessaram, mas depois disseram que só falaram que tinham sido os autores do crime porque foram torturados. Eles foram transferidos de Colombo para Araucária e depois entraram para o programa de proteção a testemunhas. Os quatro chegaram a ser levados para outro estado, em julho de 2013, para que as respetivas integridades físicas fossem mantidas.
Por causa da denúncia, o então delegado foi afastado e outros assumiram as investigações do assassinato de Tayná, que até hoje permanece sem elucidação. À época, Pereira chegou a ser preso, mas foi solto meses depois.
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