Absolvida da acusação de provocar a morte de pacientes internados na UTI, a médica Virgínia Helena Soares de Souza move uma ação trabalhista milionária contra o Hospital Evangélico, onde trabalhou por quase 32 anos. Na ação, Virgínia requer, entre outras coisas, o pagamento de horas extra e de fundo de garantia que seriam devidos a ela.
A médica já teve ganho de causa em instâncias iniciais. Em outubro do ano passado, o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) determinou o pagamento de indenização à Virgínia. Segundo os advogados da médica, o valor seria de cerca de R$ 4 milhões à cliente. O caso agora corre em Brasília, pois o Hospital Evangélico recorreu.
Em nota, a direção do Hospital – que hoje está sob intervenção do Ministério Público do Trabalho – informou que lamenta que “mais essa demanda tenha ocorrido” e que aguarda a decisão sobre o recurso interposto pelo setor jurídico do hospital. “O Hospital Evangélico de Curitiba acatará qualquer decisão judicial final sobre esse caso, mas não emitirá juízo de valor a respeito dele, uma vez que a discussão ocorreu em gestões anteriores à intervenção do Ministério Público do Trabalho no Paraná”, diz outro trecho da nota.
Ação contra o estado
Em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (21), os advogados de Virgínia informaram que pretendem processar o governo do estado e a União por danos morais. A base da ação deverá ser a sentença de absolvição da médica. Em decisão proferida na quinta-feira (20), o juiz Daniel Surdi de Avelar, da 2.ª Vara do Juri de Curitiba, entendeu não haver elementos suficientes para provar o crime de assassinato nas mortes investigadas. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) já informou que vai recorrer dessa decisão.
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