Causa da morte de Andriely não poderá ser determinada, afirma diretor do IML

Não será possível determinar a causa de morte da jovem Andriely Gonçalves da Silva, de 22 anos, cujo corpo foi encontrado na última sexta-feira (8) em um barranco da Serra da Graciosa, em Morretes, no Litoral do Paraná. De acordo com o diretor do Instituto Médico-Legal (IML), Paulino Pastre, a dificuldade se dá devido ao estágio de decomposição em que o corpo foi localizado. O diretor afirmou, porém, que não havia marcas de ferimento por arma de fogo.

“Nós não temos a condição de identificar a causa, mas eliminamos hipóteses como, por exemplo, ferimento por arma de fogo, porque nenhum projétil foi encontrado. Por meio de outra análise, concluímos que não houve nenhuma fratura no corpo. Nós conseguimos montar a ossada inteira e fizemos a liberação. Por conta do estado em que ela estava, a causa médica da morte não será especificada e isso acontece somente em 10% dos casos no mundo inteiro”, relatou.

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Além disso, Pastre informou que não há como saber quando Andriely foi morta. O delegado responsável pelo caso, Reinaldo Zequinão, explicou que a polícia chegou até o corpo por meio de um popular.

Ex-marido suspeito

O principal suspeito pelo crime é o ex-marido de Andriely, o policial militar Diogo Coelho Costa. Ele teve a prisão decretada no dia 19 de maio - a duração é de 30 dias. O inquérito está sendo analisado pela Polícia Civil e nos próximos dias a prisão de Costa pode ser prorrogada.

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“Temos mais cinco dias de prazo para pedir a prorrogação da prisão e já estudamos isso, já que tem muita perícia em andamento. O ex-marido é o único suspeito do crime”, explicou o delegado.

No carro do soldado, um Fiat Marea, que foi apreendido, os policiais encontraram sangue. “O sangue encontrado no carro dele foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal para exame e nós aguardamos esse resultado importante, que deve sair em até uma semana, conforme o órgão”, afirmou Zequinão.

Velório e enterro

Pelo menos 200 pessoas passaram pelo salão da Igreja Metodista de Morretes, no Litoral do Paraná, na manhã desta terça-feira (12). O local foi escolhido pela família de Andriely Gonçalves da Silva para o velório da jovem, que acontece desde a madrugada, quando o corpo chegou à cidade. Entre os presentes, amigos, parentes, conhecidos da moça e cidadãos compadecidos se dirigiram ao local, que fica no centro do município, para darem o último adeus a Andriely.

A cerimônia começou por volta das 00h30, quando o corpo da jovem chegou à cidade, depois de ser liberado pelo Instituto Médico Legal de Curitiba (IML). No templo da igreja, coroas de flores simples e um banner, com uma foto de Andriely, homenageiam a memória da moça. No pôster, a frase: “Estou nessa luta, Drih. Não vou desistir”, deixa clara a indignação dos familiares em relação ao crime que a vitimou.

O velório acabou por volta das 14h. Depois disso, o corpo de Andriely seguiu para o Cemitério Municipal de Morretes, onde foi enterrado.