PM faz ronda na Praça Santos Andrade: Centro tem mais do que o dobro de ocorrências do que a CIC, segundo bairro com mais roubos em Curitiba.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) divulgou o balanço dos furtos e roubos em Curitiba nos seis primeiros meses do ano. Na maioria dos 75 bairros, houve menos registros de boletins de ocorrência. Apesar dos números, a sensação que a população tem segue sendo contrária às estatísticas - muitos dos crimes sequer são informados à polícia, pela descrença da população de que a polícia vá resolver o problema. Mesmo assim, todo crime deve ser informado à polícia, para que as autoridades de segurança pública possam não só prender criminosos, mas também fazer o seu planejamento para conter outros crimes.

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O bairro de Curitiba que mais teve furtos e roubos de janeiro a junho deste ano foi o Centro, com 5.986 ocorrências, mais do que do dobro do segundo bairro mais visado, a CIC, com 2.295 ocorrências. O Centro registrou 792 furtos e 2.194 roubos no período.

Apesar da quantia, a Sesp comemora, pois houve uma redução de 4,6% nos furtos e de 15% dos roubos. Mas a sensação da população no Centro de Curitiba é de que os crimes aumentaram. Só na Praça Rui Barbosa, por exemplo, o jornal Tribuna do Parana divulgou quatro reportagens, de junho para cá, falando das bancas de jornais e algumas lojas da praça que foram arrombadas na madrugada, crimes que têm sido mais frequentes nos últimos meses.

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Mas o problema não é só na Rui Barbosa. A reclamação é geral no Centro todo, não só contra comércios, mas também contra transeuntes, que perdem bolsas, carteiras e celulares em assaltos à mão armada em plena luz do dia. O comércio de celulares roubados no Centro também é grande.

Ao ponto de os lojistas do setor perceberem o aumento da venda de celulares simples, sem internet, os quais a população destina ao ladrão. Para driblar os prejuízos ocasionados em casos de furtos e roubos, os curitibanos estão adotando a estratégia de comprar celulares extras, mais baratos e simples, para entregar aos criminososo, enquanto portam os smartphones escondidos para evitar prejuízo maior. “Os clientes me contam que o celular mais novo, moderno e caro, enquanto isso, fica guardado na bolsa”, conta um vendedor de celular entrevistado pela Gazeta do Povo há dez dias.

Em qualquer local de grande movimento no Centro, aliás, como a Praça Carlos Gomes, a Rua XV de Novembro, as Praças Rui Barbosa e Tiradentes, é fácil encontrar pessoas vendendo um celular de procedência desconhecida.

Abaixo, a lista dos bairros campeões de furtos e roubos em Curitiba:

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Centro - 5.986 ocorrências

CIC - 2.295 ocorrências

Sítio Cercado - 2.000 ocorrências

Boqueirão - 1.390 ocorrências

Portão -1.306 ocorrências

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Água Verde - 1.299 ocorrências

Cajuru - 1.196 ocorrências

Pinheirinho - 1.132

Rebouças - 852 ocorrências

Tatuquara - 792 ocorrências

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Hauer - 754 ocorrências

Uberaba - 751 ocorrências

Xaxim - 731 ocorrências

Jardim Botânico - 653 ocorrências

Novo Mundo - 652 ocorrências

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