Cerejeiras da Praça do Japão começam a florescer; veja foto do antes e depois

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As cerejeiras não são árvores nativas do Brasil, mas, em Curitiba, a fama da espécie é tanta que já é considerada por muitos como uma planta típica da capital. E bastou a chegada do inverno deste ano para que as flores começassem a aparecer na Praça do Japão, entre o Água Verde e o Batel, em Curitiba. Por lá, desde o último fim de semana, moradores e turistas aproveitam o cenário rosado para tirar fotos e descansar sob a sombra.

ANTES E DEPOIS: Veja comparativo do cenário da praça

Todos os anos, é nesta época - entre fim de junho e início de julho - que as cerejeiras florescem. “Esse é o período que Curitiba tem condições climáticas mais parecidas com as da primavera no Japão, país de onde essas árvores vieram”, explica José Tadeu Motta, biólogo da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), responsável pelo Jardim.

IMAGENS: Primeiras flores de 2018 surgem nas cerejeiras da Praça do Japão

De acordo com Motta, as cerejeiras começaram a ser plantadas em maior quantidade na capital na década de 90. Primeiro, a SMMA levou a espécie aos parques e passeios, como o Jardim Botânico, onde há cerca de 50 exemplares. Em seguida, a árvore começou a habitar também as ruas da cidade, o que garantiu a fama dessas plantas na região.

Quem quiser ver as árvores com a beleza a mais, porém, não pode perder tempo: as flores permanecem nos galhos por um período curto, devendo cair após três ou quatro semanas de seu aparecimento.

Preparação para morrer

Em 2017, a pouca quantidade de flores das cerejeiras do Jardim Botânico chamou a atenção da população. De acordo com Motta, isso aconteceu devido ao estágio de velhice das plantas, que é atingido após cerca de 35 anos. O biólogo definiu a florada diminuta como uma “preparação para morrer”.

Este ano, quem passar pelo jardim durante o inverno deve encontrar as árvores em situação parecida, já que, apesar de novas cerejeiras terem sido plantadas no ano passado, estas ainda devem demorar algumas temporadas para florir. “Elas levam entre três e quatro anos para começar a dar flores”, conta o biólogo.