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Formandos encontraram auditório alagado na hora em que iam ensaiar | Colaboração/
Formandos encontraram auditório alagado na hora em que iam ensaiar| Foto: Colaboração/

Os alagamentos causados pelo forte temporal em Curitiba, na tarde desta quinta-feira (21), acabaram com os sonhos de 21 alunos de Psicologia, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Eles iam se formar na noite desta quinta, mas o local onde ocorreria a colação de grau, o teatro Tuca, que fica dentro da PUC, ficou debaixo d´água. Mesmo que a água escoasse e permitisse a cerimônia, havia o risco de curto-circuito.

Jéssica Ribas, 26 anos, é uma das formandas. Ela contou que os alunos deveriam ter se encontrado às 17h30 no Tuca em um ensaio para a colação que ocorreria logo mais, às 20h. Mas, já por causa dos transtornos que os alagamentos causaram no trânsito, a grande maioria dos alunos nem conseguiu chegar no horário. E o pior: aqueles que conseguiram superar o trânsito encontraram o auditório praticamente submerso.

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Alguns souberam do alagamento do teatro assim que chegaram na PUC. Outros receberam a má notícia ainda no caminho, presos no trânsito caótico. Assim que todos conseguiram se encontrar no anfiteatro, muitos formandos ficaram alterados, muito nervosos, e acabaram discutindo.

Ágatha Ferraz, 25 anos, também é formanda e ficou muito triste com o que viu. “É uma data que a gente espera tanto. O sentimento é de pura frustração, porque é um acontecimento que vai além do nosso poder, não tem como resolver agora. Estava todo mundo arrumado, pronto pra colação”, conta. “Mas em algum momento vai acontecer, a gente vai se formar. Negócio é manter a cabeça erguida”. Ela contou que, mesmo que toda a água do teatro estivesse escoada no momento da formatura, não seria seguro permanecer lá porque havia muitos fios e equipamentos eletrônicos molhados, trazendo risco de choque. Agora, contou Jéssica, os formandos não sabem exatamente como será a colação.

PUC e Vila Torres

Nível do rio Belém subiu e invadiu ruas na Vila TorresAtila Alberti/Tribuna do Parana

Não foi só o Tuca que ficou debaixo d´água. Outros setores da PUC também alagaram, como o estacionamento e o andar térreo de vários blocos. Vários carros ficaram parcialmente submersos. Isto porque, com a forte chuva, o Rio Belém, que passa por trás da universidade, não suportou escoar tanta água. Por causa disso, a universidade suspendeu as aulas na noite desta quinta-feira e também na manhã de sexta.

A Vila Torres, que também margeia o rio, ficou coberta pela água. Muitas casas foram perdidas. Por conta disso, o Diretório Central dos Estudantes da PUCPR (DCE) está pedindo doações emergenciais a serem entregues aos moradores da vila, como roupas, produtos de higiene, alimentos não perecíveis, produtos de limpeza, cobertores e toalhas. As doações podem ser entregues no próprio DCE da PUC.

Leptospirose

O DCE também divulgou um alerta após o temporal, para que os alunos e funcionários da instituição evitem ter contato com a água dos alagamentos, pelo risco de contaminação por leptospirose (risco existente na área da universidade). Já quem teve contato com a água, deve ficar vigilante pelas próximas duas semanas com sintomas como febre alta, dor de cabeça e principalmente dor nas panturrilhas. Caso a pessoa tenha estes sintomas, deve procurar imediatamente um médico e informar o contato com a água possivelmente contaminada.

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