O fim de semana especial para quem gosta de observar eventos astronômicos. Uma chuva de meteoros deve ser visível para quem olhar para o céu durante a madrugada de sábado (4) para domingo (5). E não se trata de uma chuva de meteoros qualquer, mas de uma originada de partículas deixadas pelo Cometa Halley, um dos mais famosos da astronomia.
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Embora a próxima passagem do cometa aconteça só em 2061, a Terra vai atravessar a trilha de partículas deixadas pelo astro e a entrada desses elementos em nossa atmosfera vai aumentar a incidência de meteoros no céu. O fenômeno já está acontecendo desde o último dia 19 de abril e deve se estender até o dia 20 de maio, mas é neste fim de semana que chegaremos ao seu ápice, com a possibilidade de termos entre 40 e 50 meteoros visíveis por hora e todos bem visíveis.
A previsão é que esse ápice aconteça por volta das 2h de domingo, com maior incidência de meteoros à leste, vindos da constelação de Aquário — e, por isso, o evento está sendo chamado de chuva de meteoros Eta Aquarídeos.
A boa notícia é que os meteoros poderão ser vistos a olho nu, sem a dependência de binóculos, lunetas ou telescópios. Para isso, é claro, o tempo precisa favorecer e o céu estar sem nuvens durante o período. Além disso, a recomendação é que os observadores procurem locais com pouca iluminação artificial, mais afastados das áreas urbanas, para facilitar a visualização das estrelas cadentes.
De acordo com o diretor do Parque da Ciência, Anísio Lasievicz, alguns fatores devem favorecer a observação. "Um ponto positivo é que a noite é de lua nova, então ela não vai atrapalhar a observação, mas você tem que ir para o lugar mais escuro que você conseguir e ter paciência", diz.
Para Curitiba e região, porém, será preciso contar também com uma boa dose de sorte. Isso porque, segundo o Simepar, a previsão é que a madrugada de sábado para domingo seja marcada pela nebulosidade e até mesmo para a possibilidade de uma garoa fraca, o que pode dificultar a visualização. Ainda assim, como a quantidade de meteoros tende a ser elevada, qualquer abertura no tempo pode ser o suficiente para observar um risco diferente no céu.