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A chuva que atingiu Curitiba e Região Metropolitana nesta sexta-feira (22) trouxe problemas para algumas regiões, mas moradores da Rua Vieira Fazenda, no bairro Portão, em Curitiba, tiveram um prejuízo ainda maior. O muro do condomínio não venceu a força da água vinda de um córrego sobrecarregado, estourou e encheu a garagem. Quatro carros e duas motocicletas foram atingidos.

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Segundo o Simepar, em cerca de duas horas, a cidade recebeu pancadas de chuva e ventos fortes com intensidade pluviométrica acumulada de 40,8mm e rajadas de vento de 35 km/h aproximadamente.

A água, segundo os moradores, chegou a mais de um metro de altura. “Saí para ir ao mercado e, em questão de uma hora, aconteceu. A maioria das pessoas conseguiu tirar os carros da garagem, mas quem acabou deixando, por não estar em casa ou por qualquer outro motivo, se prejudicou”, contou Leandro Ribeiro Valentim.

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O rapaz disse que a chuva foi tão forte, que inundou o córrego que passa pelos fundos do condomínio e próximo à comunidade da Portelinha e foi levando tudo. “Estourou um muro num terreno baldio, esse terreno encheu e a água estourou também o muro de três metros do nosso condomínio”.

O cenário de destruição na garagem do prédio impressionava. A força da água foi tamanha, que um dos carros chegou a ficar pendurado numa grade que divide a área do bicicletário das garagens comuns. “Prejuízo certo para os moradores”, comentou.

Foto: Colaboração 

Não foi a primeira vez

Há quatro meses, algo semelhante aconteceu no mesmo condomínio. O rapaz contou que, depois que o mesmo córrego encheu, os moradores da Portelinha fizeram um furo no muro do residencial para que a água escoasse. “E aí inundou nossa garagem também, mas não foi tão crítico como dessa vez”.

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Os moradores contaram ainda que já foram atrás da prefeitura de Curitiba, tentaram contato com a regional do bairro e nada foi feito. “Já tentamos todos os artifícios que tínhamos para pedir que o córrego fosse limpo, mas não adiantou. O pessoal também não respeita, porque já encontraram até sofá dentro da água. Dessa vez, na nossa garagem, veio parar até uma casinha de cachorro”, contou o morador.

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Ainda conforme os vizinhos da Portelinha, depois da chuva desta sexta-feira uma equipe da Defesa Civil esteve no local para retirar os moradores das áreas de risco. “Eles não quiseram sair. Se recusaram mesmo com a explicação de que os barracos podem cair. Mas nós precisamos que alguma coisa seja feita urgentemente”.

A Tribuna do Paraná procurou a assessoria de imprensa da prefeitura de Curitiba. Segundo o órgão, ações de limpeza do rio e sensibilização dos moradores são feitas, em média, a cada 15 dias.

Alagamentos

De acordo com a prefeitura de Curitiba, além deste caso no Portão, foram registrados 20 pontos de alagamento nos bairros Pinheirinho, Capão Raso, Cidade Industrial, Tatuquara, Santa Quitéria, Novo Mundo, Água Verde e Fazendinha. Houve a queda de uma árvore, na Rua José Ferreira Pinheiro, Portão. No mesmo bairro, a queda de dois muros e constatado o risco de desmoronamento na Rua Irati. Equipes da Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) foram acionadas para avaliar o risco e notificar os proprietários. No bairro Fazendinha, foi registrado deslizamento de terra e queda do muro de uma residência.

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Os órgãos integrantes do Sistema Municipal de Proteção e Defesa Civil de Curitiba seguem em atendimento e acompanhando possíveis situações de chuvas moderadas a fortes, incidência de descargas atmosféricas e rajadas de vento, conforme orientação do Simepar.

Segundo a prefeitura de Curitiba, na comunidade da Portelinha, no Santa Quitéria, 12 famílias foram atingidas e todas buscaram abrigo com familiares e amigos. Durante a noite equipes da FAS atenderam as vítimas na sede da Associação dos Moradores da Portelinha, com a distribuição de cobertores e roupas. As famílias receberam também cestas básicas da associação. Funcionários da Regional Portão estiveram também na Vila Estrela, na Fazendinha, onde quatro casas foram atingidas por alagamentos, e no bairro São Jorge, onde cinco famílias acabaram perdendo tudo com o transbordamento do rio localizado na região.