A enchente causada pela tempestade do último fim de semana, a mais intensa do verão de Curitiba até agora, arrancou dezenas de placas de carros na capital e Região Metropolitana. A situação pode causar transtornos aos proprietários, principalmente se a perda for da placa traseira, que não pode ser recolocada sozinha – mesmo se encontrada logo depois. Com isso, as taxas pesam mais. Veja abaixo o que é preciso fazer para recolocar a placa ou fazer novas.
A quantidade de placas que se soltaram chamou a atenção depois que repercutiu nas redes sociais. Logo depois de a água baixar, foram postadas diversas mensagens alertando sobre o encontro dos acessórios em regiões que tinham sido alagadas. Uma delas foi da Associação dos Moradores e Amigos da Vila Maria e Uberlândia, ambas no bairro Novo Mundo, feita pela presidente da entidade, Mayra Silva Veiga de Lima, de 26 anos.
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Segundo ela, a forte chuva da noite do último sábado (3) elevou rapidamente o nível do Rio Formosa. O resultado foi o alagamento quase que imediato. “Acho que essas placas foram arrancadas pela força dessa água”, comentou Mayra.
Depois do alagamento, 20 placas foram levadas para a associação, praticamente todas encontradas na região entre as ruas Carlos Blanck e João Surian. As imagens foram compartilhadas no Facebook, mas mesmo assim, até quarta-feira (7), oito delas ainda estavam nas gavetas da sede.
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Em Araucária, na Região Metropolitana, a situação foi parecida. O motoboy Reimont Roberto da Luz, 36 anos, disse que depois do recuo da água que alagou a Avenida Manoel Ribas, uma das principais da cidade, ao menos 30 placas ficaram espalhadas pela via. “Acho que as placas se soltaram dos carros por causa da pressão da água, que realmente estava muito forte”, comentou o motoboy.
Depois de recolher 14 placas e postar o aviso no Facebook, Luz começou a receber diversas ligações. Quatro proprietários apareceram e resgataram as placas depois de mostrarem a documentação do automóvel. “Eu disse que não iria entregar sem documento. Nesse Brasil tem de tudo, então não dá pra confiar assim do nada”, disse.
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O que fazer
O extravio de placa por qualquer motivo requer registro de Boletim de Ocorrência (B.O.) na Polícia Civil, necessário para evitar que alguém encontre e utilize a placa.
Se a placa, seja ele dianteira ou traseira, não for encontrada, o proprietário terá que ir primeiro até uma fábrica com o veículo em um guincho, já que as normas de trânsito não autorizam circulação de veículos sem placas. Depois , deverá autorizar a confecção da nova placa. Somente a autorização gera uma taxa de R$ 23,22 do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR).
Já o custo para repor a placa perdida vai depender se o modelo é refletivo ou não. Se a placa do veículo já for refletiva, o que é obrigatório em todos os veículos desde 2012, o custo unitário da placa é de aproximadamente R$ 50, sem a taxa do Detran-PR. Agora, se o modelo não for refletivo, o proprietário obrigatoriamente terá de adquirir o par de placas, que custa em torno de R$ 124, já calculada a taxa do Detran-PR. Entretanto, o proprietário só pode fazer a aquisição se apresentar o Boletim de Ocorrência (BO) indicando a perda da placa antiga.
Já se a placa for encontrada, ela só pode ser colocada sem necessidade de protocolos formais se for a dianteira. Se for a traseira, o Detran-PR determina que o carro seja levada ao departamento em um guincho para que o acessório seja lacrado. Além da taxa do lacre, de R$ 23,22, ainda será preciso pagar outros R$ 47,63 pela vistoria.
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