A chuva voltou a causar transtornos em Curitiba na tarde desta quarta-feira (14), depois de três dias seguidos de trégua. As tempestades, que começaram por volta de 13h, provocam alagamentos em vários pontos da capital e complicam o trânsito em muitos bairros, incluindo Centro, Centro Cívico, Cabral, Alto da XV, Tarumã, Jardim Social, Rebouças, Prado Velho, Jardim Botânico, Uberaba e Campo Comprido, entre outros.
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A esquina da Rua Desembargador Westphalen com a Avenida Visconde de Guarapuava tem interdição parcial por causa da abertura de buraco - não é a primeira vez que isso acontece no local. Segundo Grace Kelly Antunes, funcionária de uma empresa nessa esquina, “o asfalto levantou no local onde fica um buraco que tinha sido consertado recentemente pela prefeitura”. O trânsito estava bastante lento na região.
Veja abaixo fotos e vídeos dos alagamentos em Curitiba
EVITE ALAGAMENTOS: Veja os pontos mais complicados no trânsito na volta para casa
Veículos chegaram a ficar “ilhados” em meio aos alagamentos. Um ônibus da linha Palotinos com passageiros, dois carros e um caminhão ficaram parados na Reinaldino S. De Quadros, no Alto da XV. “ Tinha um carro na frente e eu nem vi que tava tão cheio de água, só fui seguindo”, afirmou William Rodrigues de Lima, motorista de caminhão. O veículo desligou na hora e Lima conseguiu arrastar pra uma área sem alagamento com ajuda de um morador da região.
A água também chegou a subir bastante na Rua Almirante Gonçalves, no Rebouças, mas já tinha baixado, por volta das 16h45. Há duas décadas as chuvas causam transtornos e estragos no bairro. Na última sexta-feira (9), a Gazeta do Povo mostrou que as vítimas de enchentes apelam para barricadas. Além disso, houve bloqueio total nos cruzamentos da Rua Chile com a Avenida Comendador Franco, e na Rua Iapó com a Rua Guabirotuba, mas o trânsito foi liberado, por volta das 17h30.
A reportagem encontrou pontos de alagamento também nas ruas José de Alencar, Alexandre Gusmão, Fernando Amaro, e Monte Castelo. Além disso, ruas como a Avenida Visconde de Guarapuava e a André de Barros também tinham trânsito bastante lento.
De acordo com a Superintendência Municipal de Trânsito (Setran),algumas das ruas com problemas na região central são a rua Visconde de Nácar, no cruzamento com as ruas Fernando Moreira, Cruz Machado e Dr. Carlos de Carvalho, e na rua Marechal Deodoro. Outro ponto com alagamento é a Av. Munhoz da Rocha, próximo ao cruzamento com a Rua dos Funcionários.
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Outra região da cidade a ser evitada é o Uberaba, cuja avenida Comendador Franco está em obras. Apesar da chuva, a Setran afirma que as obras continuam. Já a Defesa Civil, por enquanto, registrou alagamento apenas no bairro Campo Comprido, na rua Dr. José Cláudio Ribeiro. Leitores, enquanto isso, informam que a rua José de Alencar também tem pontos de alagamento.
A reportagem também recebeu imagens da água invadindo o UniBrasil, no bairro Tarumã, e o Estádio Vila Capanema, do Paraná Clube, que fica no bairro Jardim Botânico. Sobre o centro universitário, por meio de nota, a assessoria de imprensa informou que “apenas o térreo do bloco 06 foi atingido pelo alagamento do rio que passa nos fundos da instituição”. A nota diz ainda que a equipe de manutenção trabalhava para resolver os danos causados pela chuva e que as aulas continuavam ocorrendo normalmente nos outros blocos da faculdade.
Água na altura do peito
Com a chuva intensa, o nível do Rio Belém subiu e alagou várias ruas no Centro Cívico e na região do Viaduto do Capanema. “O Rio Belém subiu muito rápido com a chuva. Uma pista da Cândido Abreu está completamente alagada. Em quatro anos que trabalho aqui no Centro Cívico, nunca tinha visto as ruas alagarem”, afirmou João Almir Zablonzky, empresário, de 56 anos. O rio ocasiona problemas também na Rua Engenheiros Rebouças.
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Já no Jardim Social, Jucimara Poss, 59 anos, estava no carro com as filhas, de 10 e 13 anos, quando a água começou a subir na Rua Alexandre Gusmão. “Ficamos desesperadas porque chegamos a ficar com a água na altura do peito, acho que um metro e meio pelo menos. Tive que carregar as meninas no colo para escapar porque elas não sabem nadar”.
Vídeo dos alagamentos na Rua Reinaldino S. de Quadros, no Alto da XV
Vídeo dos alagamentos na Rua Chile, no Rebouças
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