Um engenheiro que precisava comprar um celular até tentou, mas não conseguiu fugir da onda de assaltos a shoppings e hipermercados que aterroriza Curitiba, cujo principal alvo dos ladrões são os smartphones e aparelhos eletrônicos. Na hora do almoço, ele, que é funcionário público e não quis se identificar, foi até o shopping no Portão onde um segurança foi baleado na noite de terça-feira (4) durante um assalto, mas, por medo após a repercussão do caso, decidiu ir embora rapidamente. O problema é que de tarde ele foi justamente ao hipermercado onde quatro menores tentaram praticar assalto, mas foram surpreendidos por um policial à paisana. Um deles foi morto pelo policial e três apreendidos.
IMAGENS - confira fotos do assalto no hipermercado do Boa Vista
Vídeo: Policial detalha como foi o assalto a hipermercado em Curitiba
“Vim até aqui para ver um celular achando que estava mais tranquilo, que não teria que me preocupar com isso. Daí dou de cara com uma cena dessas”, relata o engenheiro, que acompanhou a ação policial.
Antes, ainda no Palladium, evitou ir em uma das lojas especializadas em celular. Foi ver o preço dos celulares em uma loja de eletrodomésticos justamente pelo temor de ser alvo dos criminosos em uma das lojas de telefonia. “No shopping eu vi os preços bem rápido, porque é lugar fechado e fiquei com medo que tivesse um assalto. Na volta, passei no mercado, achando que seria mais tranquilo”, afirma.
A tentativa de assalto no mercado do Boa Vista foi por volta das 15h, justamente no horário em que o secretário estadual de Segurança Pública, Wagner Mesquita, estava reunido com a cúpula das polícias Militar e Civil e as administrações dos shoppings para tentar encontrar uma solução para a onda de crimes. O mercado ficou fechado por volta de 1h40. Antes, de manhã, outro hipermercado, no Bom Retiro, também havia sido assaltado. A suspeita é de que o mesmo grupo tenha participado da ação no Bom Retiro no Boa Vista.
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