| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Representantes dos motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba foram recebidos na tarde desta terça-feira (13) pelo prefeito em exercício, Eduardo Pimentel (PSDB), a quem entregaram um ofício pedindo a retirada do projeto de lei que implanta a bilhetagem eletrônica como forma exclusiva de pagamento no transporte coletivo municipal.

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Pimentel afirmou que vai entregar o documento para o prefeito Rafael Greca (PMN), que viajou para a Espanha para participar de um evento sobre cidades inteligentes. Segundo o Sindimoc , que representa a categoria, a bilhetagem eletrônica na prática dispensaria a necessidade da figura do cobrador nos ônibus do transporte público e tiraria o emprego de 6 mil trabalhadores.

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“O projeto não quer eliminar o cobrador, ele quer implantar a bilhetagem eletrônica, que é um processo moderno que tem acontecido no Brasil e no mundo. Obviamente ocorrerá uma discussão ampla sobre esse projeto. Não queremos que, de uma hora para , esses profissionais fiquem sem os seus empregos”, disse Pimentel.

 

Segundo o prefeito em exercício, está marcada para quinta-feira (22) uma reunião na sede do sindicato com a participação do presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, para discutir tecnicamente os itens que constam no documento feito pelos cobradores.

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Segundo o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, estão mantidas as mobilizações da categoria, que na última quinta-feira (8) aprovou indicativo de greve, que permite a motoristas e cobradores pararem a qualquer momento. “Nós reiteramos nosso pedido para a retirada do projeto. Nós entendemos que ele tem que ser retirado para que daí nós possamos fazer um debate”, afirmou.

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Manifestação

 

A sede da prefeitura foi o destino final de uma passeata que reuniu centenas de manifestantes que saíram da sede do sindicato, no Centro. Durante o trajeto, os manifestantes bloquearam momentaneamente e parcialmente algumas vias importantes, como a Avenida Mariano Torres e a Cândido de Abreu. Durante o protesto, eles pediram apoio da população contra o projeto, que segundo os cobradores, ao contrário do que alega a prefeitura não trará mais segurança aos passageiros.

O projeta ainda aguarda o início do trâmite na Câmara e, segundo Pimentel, a proposta não deve ser votado em regime de urgência pelos vereadores, mas tampouco deverá ser retirado de pauta. “Não podemos viver com uma faca no pescoço do cobrador. Já são tantas facas através dos assaltos que existem no transporte coletivo, não precisamos de mais uma dentro da Câmara Municipal podendo a qualquer momento retirar os empregos”, disse Anderson Teixeira.

O Sindicato convocou a categoria a comparecer na próxima terça-feira, às 10h da manhã, na Câmara Municipal de Curitiba. O objetivo é pressionar os vereadores para não deem seguimento no andamento do projeto.