O Colégio Militar de Curitiba decidiu retomar a partir da próxima segunda-feira (21) as aulas presenciais, suspensas em razão da pandemia do novo coronavírus . De acordo com um comunicado assinado pelo comandante e diretor de ensino da instituição, Coronel Guilherme Azambuja Carrilho do Rego Barros, o reinício das atividades in loco ocorrerá de forma “gradual, escalonada e em totais condições de segurança sanitárias para o corpo discente, docente e permanente”.
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No primeiro dia, voltam ao colégio os alunos do ensino médio, que terão aulas às segundas, quartas e sextas-feiras. No dia seguinte, começam as atividades presenciais com os estudantes do 8º e 9º anos do ensino fundamental, que terão aulas às terças e quintas. Os demais alunos retornam às aulas na semana seguinte, também com aulas a cada dois dias.
Segundo o comunicado enviado às famílias dos alunos, as turmas serão redistribuídas de modo a aumentar o distanciamento entre os estudantes dentro das salas de aula. A cantina ficará fechada, sem previsão de reabertura, mas o fornecimento de merenda nos intervalos será mantido.
A entrada no colégio será feita exclusivamente pelo portão principal e as catracas serão desativadas. Os alunos deverão manter distância de dois metros entre si e passar por uma triagem, no pátio de formatura, antes de irem às salas de aula. Caso apresentem temperatura corporal acima de 37,5°C, tosse, coriza e/ou congestão nasal, não poderão permanecer na instituição. Os que permanecerem serão encaminhados a fazer a desinfecção dos calçados.
Além disso, será obrigatório o uso de máscara respiratória, que deverá ser trocada a cada três horas. Os alunos receberão um kit com dois equipamentos, além de um frasco de álcool gel. O contato físico entre alunos, professores e demais agentes está “terminantemente proibido”, conforme o comunicado.
Na rede municipal de ensino de Curitiba, as aulas estão suspensas desde 23 de março e ao menos até o próximo dia 30, conforme decreto publicado no fim de agosto. Na rede estadual, professores e funcionários decidiram que não retornarão às aulas presenciais mesmo que o governo retome as atividades. Em assembleia promovida pela APP-Sindicato, que representa a categoria, os servidores aprovaram greve em caso de chamada para reinício das aulas em sala.
Decisão de retorno é do Exército, e não do governo estadual
Sobre o retorno adiantado do Colégio Militar em relação às outras escolas do estado, a Secretaria Estadual de Educação (Seed) informou que o decreto estadual que restringe as aulas durante a pandemia vale apenas para as redes estadual e municipais de ensino, além da rede privada e das universidades estaduais. O Colégio Militar é administrado pelo Exército, portanto, vinculado ao Ministério da Defesa.
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