Um policial militar do Paraná concorre a um prêmio que pode lhe garantir o título de herói nacional. O patrulheiro rodoviário e cabo da Polícia Militar (PM) Saulo da Rocha Pina é um dos finalistas do prêmio Heróis Reais, que reconhece a atuação de agentes de segurança pública em todo o Brasil. E tudo isso porque, após um acidente, ele salvou a vida de um motorista que estava praticamente morto e com chances quase nulas de ser reanimado.
Assista abaixo ao vídeo com depoimento do cabo Pina e imagens do acidente
O caso aconteceu em fevereiro de 2015 em Matinhos, no Litoral do estado, quando um carro capotou e caiu em um manguezal próximo à PR-508. Duas pessoas estavam dentro do veículo e uma delas ficou embaixo d’água por cerca de dez minutos. A vítima era um homem de 54 anos que, segundo Pina, já não apresentava mais sinais de vida. Mesmo assim, o cabo da PM iniciou os serviços de resgate. “Eu senti algo na hora. Creio que foi Deus”, conta.
Depois de mais de dois minutos de massagem cardíaca e respiração boca a boca, o condutor voltou à vida. O policial relembra que os médicos que atenderam a ocorrência contaram que, pelo tempo que a vítima passou submersa, a chance de sobrevivência era de 5 a 10% e que a possibilidade de escapar sem sequelas era de apenas 0,5%. Ainda assim, Pina continuou tentando ressuscitar o motorista até trazê-lo de volta à vida — e completamente sem qualquer sequela.
Por causa da sua insistência e seu consequente sucesso, Pina foi nomeado para o prêmio Heróis Reais. No site do concurso, sua história recebeu mais de 52 mil votos, o que lhe garantiu o título na região Sul na categoria Bravura. Agora, ele vai disputar com representantes das outras quatro regiões do país o título nacional. O resultado será divulgado nesta quinta-feira (14) em cerimônia realizada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A votação segue aberta até as 17h no site do concurso.
Caso saia vencedor da etapa nacional, o cabo irá ganhar uma viagem aos Estados Unidos, na semana do Shot Show, a maior feira de armas do mundo, além de vouchers para compras em Las Vegas. No entanto, antes mesmo do prêmio ele já condecorado pela própria Polícia Militar: em dezembro do ano passado, ele foi promovido a cabo exatamente por causa do salvamento que agora o torna famoso em todo o país. Ainda assim, ele diz que não fez mais do que a sua obrigação. “Não me sinto um herói. Isso é somente um instituto meu, uma vontade de ajudar o próximo”, confessa. “Se cada um fizesse um pequeno ato heroico todos os dias, nosso país seria diferente”.
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